Pacientes do Hospital da Mulher aprovam qualidade do serviço de mamografia implantado pela Prefeitura de São Luís
Implantado em novembro de 2021 pela Prefeitura de São Luís, o serviço de mamografia do Hospital da Mulher já atendeu 541 pacientes, facilitando o acesso e diminuindo a fila de espera pelo exame na rede municipal de saúde. Na quarta-feira (30), como parte das ações da campanha Março Lilás, 20 mulheres fizeram mamografia de forma preventiva ou para acompanhar a evolução de seu quadro clínico e elogiaram a qualidade e rapidez do serviço.
O Hospital da Mulher, localizado no Anjo da Guarda, área Itaqui-Bacanga, foi inaugurado em 2007, mas somente em 2021 passou a contar com um mamógrafo próprio. O aparelho foi adquirido por meio de emenda parlamentar destinada pelo prefeito Eduardo Braide durante seu mandato como deputado federal e desde que entrou em funcionamento, em novembro, tem facilitado a vida de quem precisa fazer o exame.
É o caso de Amélia Nunes Dutra, 49 anos. A auxiliar de cozinha descobriu que tem nódulos nos dois seios e, por isso, a cada seis meses precisa fazer mamografia para acompanhar a evolução do seu quadro clínico e garantir que não há alterações que prejudiquem sua saúde.
“Eu sou moradora do Anjo da Guarda, pertinho do Hospital da Mulher, e poder fazer o exame aqui vai facilitar muito o meu acompanhamento médico porque não é sempre que a gente pode se deslocar para o hospital em outro bairro. Além disso, a gente não precisa enfrentar fila para marcar. Vim ontem ao hospital e hoje já estou fazendo a mamografia. Tudo muito rápido”, disse.
Além da rapidez, outro diferencial do serviço implantado pela gestão do prefeito Eduardo Braide, é o atendimento humanizado e personalizado. Na sala de exame a paciente pode escolher a iluminação e até a trilha sonora. Tudo isso é para garantir mais tranquilidade e segurança durante o procedimento.
Mariléa Alves Gomes, 45 anos, autônoma, é só elogios ao serviço. “A gente se sente muito mais confortável em um ambiente como este do Hospital da Mulher. Pedi que a iluminação fosse lilás, que é uma cor que eu gosto, e enquanto estava fazendo o exame pedi que tocassem música gospel, que é o que eu ouço em casa quando quero relaxar. O exame é um pouquinho desconfortável e isso faz a diferença na hora”, afirmou.
O mamógrafo permite que sejam feitas 600 mamografias e 40 biópsias por mês, no entanto, segundo a diretora do Hospital da Mulher, Vanessa Silva Rocha, muitas mulheres ainda não têm o hábito de buscar o exame e a maior demanda de mamografias ocorre durante a campanha Outubro Rosa, de prevenção ao câncer de mama.
“Fora desse período muitas mulheres não priorizam o exame, por isso, estamos aproveitando a campanha Março Lilás, que é de prevenção ao câncer de colo do útero, para também conscientizar as mulheres sobre a importância do cuidado geral com sua saúde e abrimos o serviço de mamografia para livre demanda neste período. Ou seja, mesmo as mulheres que não tinham requisição médica e que nos procuraram puderam fazer a mamografia”, explicou Vanessa Silva Rocha.
Maior precisão
Por ser digital, o mamógrafo em funcionamento no Hospital da Mulher garante diagnóstico mais sensível, detectando lesões que estejam ainda em estágio inicial, rastreando microcalcificações e nódulos pequenos, permitindo diagnóstico mais rápido e preciso por causa dos detalhes de visualização que as imagens computadorizadas oferecidas por esse tipo de aparelho permite.
Durante a realização do exame, que ocorre em poucos minutos, o radiologista pode ampliar as imagens e analisar melhor antes de emitir o laudo. O aparelho permite ainda armazenar as imagens em computador e recuperá-las, se necessário.
O mamógrafo também tem o recurso de estereotaxia (capaz de localizar especificamente a área que será biopsiada), além da imagem com melhor qualidade, permitindo biópsias de pequenas lesões, algumas só identificadas na mamografia. Os diferentes ângulos obtidos permitem localização exata de microcalcificações, pequenos nódulos, áreas de distorção e densidade assimétrica.
As biópsias de fragmentos (core biopsy) e mamotomia podem ser guiadas por meio da estereotaxia e permitem a marcação pré-cirúrgica de lesões não palpáveis por meio da colocação de um marcador (fio metálico) em lesão mamária suspeita, permitindo a rápida e precisa localização da lesão durante o ato cirúrgico.
O câncer de mama é o segundo tipo da doença mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres. A mamografia é uma arma importante que pode auxiliar na detecção precoce da doença. Por isso, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) recomenda a mamografia anual para as mulheres a partir dos 40 anos de idade.