Racismo Institucional é pauta no Griô da Juventude

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Juventude (Seejuv), realizou, na quinta-feira (19), a segunda edição do Griô da Juventude. Realizado de forma virtual, o evento reuniu representantes de órgãos públicos e da sociedade civil em um bate-papo sobre o racismo institucional.

A Seejuv lançou, no dia 09 de novembro, a Campanha de Combate ao Racismo Institucional trazendo uma forte de reflexão sobre o racismo dentro das estruturas públicas e privadas. E, nessa perspectiva, o Griô da Juventude faz memória dos que têm vivência, experiência e muita história a contar, principalmente para os jovens.

Para a presidente do Conselho da Igualdade Racial do Maranhão (CEIRMA), Jacinta Maria, o evento foi de grande importância na transmissão de conhecimento. “Que nessa atividade do Griô da Juventude, as juventudes possam escutar os mais velhos que viveram experiências; experiências essas que possam ajudar a perceber, a viver a sua juventude com muita luta, força, equilíbrio e, sobretudo, construindo um mundo mais humano, mais justo, fraterno, plural e com muita equidade para todos”, afirmou. 

A secretária adjunta de Estado de Igualdade Racial, Socorro Guterres, refletiu, em cima da temática sugerida pelo evento, falando que iniciativas como o Griô são muito valorosas para o combate ao racismo institucional no Brasil e no Maranhão.

“O Griô traz a figura do mais velho da comunidade como responsável em repassar todos os conhecimentos trazidos da África. Não só os conhecimentos, mas também as estratégias de luta e de resistência. Trazer o Griô para ser trabalhado dentro da Campanha de Combate ao Racismo Institucional foi uma sacada muito legal na perspectiva deste combate” declarou Socorro Guterres.

A assessora de Planejamento e Ações Estratégicas da Seejuv, Socorro Costa, ressaltou a importância de desenvolver campanhas de combate ao racismo institucional dentro das estruturas e aponta quais projetos a Seejuv vem realizando para juventude negra do estado maranhense.

“As estruturas representativas do poder refletem a sociedade, sendo o racismo uma questão estrutural, o qual tem que ser combatido, também, dentro das instituições públicas e privada, seja na realização de campanhas institucionais, bem como por meio das políticas públicas de promoção das ações afirmativas”, explicou Socorro Costa. 

A assessora informou que a Seejuv tem desenvolvido, desde 2017, o Programa Juventude Viva, que teve como resultado a criação do Plano De Prevenção à Violência contra a Juventude Negra, que é acompanhado por um comitê de diferentes instituições do Estado e tem a participação da sociedade civil. “O plano articula as diferentes políticas públicas de Estado para ampliação, promoção e criação de políticas específicas para as juventudes negras” relatou.