Quer fugir do aperto? Confira dicas para se organizar financeiramente em 2022

No Brasil, a inflação atinge atualmente a marca dos 10%, trazendo inúmeras consequências para a economia e para a população. Em um cenário de incertezas quanto à estabilidade financeira e a pandemia, o desejo de muitos brasileiros é de se planejar melhor com as finanças para um novo ano.

Para a coordenadora do Núcleo de Negócios da Facimp Wyden, Petra Fernanda Cruz e Silva, nunca é tarde demais para reorganizar os gastos e se preparar para o futuro. “Saber exatamente o quanto pode gastar é necessário para evitar que qualquer família caia no endividamento. Ter uma reserva de emergência é importante, pois grande parte da população não se preocupa com isso e acaba gastando tudo que ganha de uma única vez, por isso, o indicado é que se tenha uma quantia equivalente a pelo menos 3 vezes a renda líquida da família para emergências”.

Petra destaca que medidas desse tipo oferecem uma garantia para qualquer surpresa, como demissões, problemas de saúde e incêndio ou roubo, por exemplo. Uma reserva de emergência evita que se recorra a empréstimos que levam muito tempo pagando e com juros altos.

Como evitar a inadimplência?

O índice de inadimplência é apurado pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor – PEIC. Tal pesquisa é realizada no estado pela Fecomércio-MA em cooperação com a Confederação Nacional do Comércio. No Maranhão, em 2021, somente na capital São Luís, o número de famílias endividadas esteve acima da média nacional, atingindo 84,5% – um número que está bem acima das demais capitais brasileiras que gira em torno de 74%.

Para evitar um sufocamento financeiro, a coordenadora do Núcleo de Negócios da Facimp Wyden dá mais dicas. “Os créditos rotativos/cheques especiais são vilões e devem ser evitados, pois eles têm os maiores juros do mercado. Essa modalidade exige muito cuidado, pois eles rapidamente deixam qualquer pessoa com uma bola de dívidas”.

A falta de planejamento financeiro familiar pode trazer grandes prejuízos, como explica Petra. “É importante toda a família conhecer a situação financeira em que vive, assim todos ajudam dentro de casa, contribuindo com uma melhor racionalidade dos recursos, evitando o consumo excessivo, enumerando as prioridades e mudando hábitos que prejudiquem o orçamento”, finaliza.