Saúde

MA registrou 800 novos casos de câncer de colo de útero em 2022

O câncer de colo de útero é o terceiro mais frequente entre mulheres brasileiras, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). No Maranhão, segundo as estatísticas do Inca, foram 800 novos casos da doença. O número colocou o estado como o terceiro da região nordeste na prevalência deste tipo de câncer, atrás apenas de Bahia (1.160 casos) e Ceará (1.030). 

“O diagnóstico precoce amplia as chances de um tratamento bem-sucedido”, alerta a oncologista do Hapvida NotreDame Intermédica, Adriana Batista. Segundo a especialista, é a partir dessa premissa que são desenvolvidas campanhas como a do Março Lilás, que buscam levar informações à população. 

Alguns sinais podem ajudar os profissionais de saúde a diagnosticar o câncer de colo de útero. Entre eles estão: secreção vaginal anormal; sangramento vaginal fora da menstruação e que recomeça após relações sexuais; além de dores abdominais associadas a desconfortos urinários ou intestinais.

Adriana explica que o câncer de colo de útero pode se desenvolver a partir de infecções persistentes de certos tipos do Papilomavírus Humano (HPV). “Essas infecções são comuns e, geralmente, não causam sintomas. Entretanto, em alguns casos, podem ocorrer alterações celulares com risco de progressão para o câncer”, afirma.

Prevenção

Sendo assim, uma das principais formas de prevenção é a vacina contra o HPV, que pode ser tomada por mulheres de 9 a 45 anos e homens de 9 a 26 anos. “A vacina previne até 70% dos cânceres de colo de útero e até 90% do aparecimento de verrugas genitais”, elucida a especialista.

Além disso, o exame papanicolau deve ser feito por todas as mulheres que já iniciaram sua vida sexual. O objetivo é detectar alterações pré-cancerígenas. “A identificação precoce dessas alterações permite que o tratamento seja iniciado antes que evolua para câncer, o que aumenta as chances de sucesso do tratamento”, reforça a oncologista. “Outro ponto de atenção é o uso de preservativos, tanto femininos como masculinos. Eles previnem o contágio por HPV e outras infecções sexualmente transmissíveis”, finaliza.