“Como se estivesse em casa”, diz paciente acolhido na Casa de Apoio do Hospital de Câncer

Há mais de um ano, Antônio Francisco Cardoso, de 46 anos, luta contra um câncer na cabeça. Residente na cidade de Imperatriz, o paciente realiza tratamento na capital maranhense e conta com a Casa de Apoio do Hospital de Câncer do Maranhão. “Todas as vezes que preciso vir aqui, é como se estivesse em casa. Eu não poderia querer mais. Quando preciso de algo, sei que posso contar com todos aqui da casa e isso tudo, para mim, é excelente”, compartilhou. 

A Casa de Apoio tem a missão de acolher pacientes oncológicos e seus acompanhantes, que precisam de hospedagem durante o tratamento no Hospital de Câncer do Maranhão. Neste mês de dezembro, o serviço, que integra a rede especializada da Secretaria de Estado da Saúde (SES), completa cinco anos de funcionamento. 

A esposa de Antônio, Elinalda Cardoso, de 39 anos, disse que se hospedar na Casa de Apoio é como ser recebido em um lar. “A gente percebe que o tratamento é para que nos sintamos bem, e isso cativa qualquer um. Nada substitui a família, mas desde os profissionais da limpeza até os médicos, dá para sentir o carinho de todos”, revelou. 

Na Casa, uma equipe de psicólogos e terapeutas ocupacionais desenvolve atividades com foco em trabalhar os aspectos mental e emocional. Pacientes e acompanhados são envolvidos no cuidado de hortas, cursos de artesanato, passeios e outras estratégias que buscam incentivar os hóspedes a ocupar o tempo, trabalhando os aspectos mental e emocional. 

“Nossa intenção é que enquanto estiverem conosco, que cada um deles seja visto como indivíduos que estão para além da doença. Com isso, proporcionamos bem-estar através de um espaço onde possam conviver com todo o apoio necessário”, descreveu o coordenador do serviço, Paulo Henrique Silva Ferreira. 

Integrante da equipe multiprofissional desde a inauguração, a assistente social Camila Jane Pereira comentou que a Casa de Apoio busca cuidar de cada paciente de forma individualizada. “Muitas chegam aqui com o emocional fragilizado, tanto por estarem longe de suas famílias, como pelo câncer em si. Em razão disso, identificamos quais as principais carências e trabalhamos em fortalecer a rede de apoio enquanto fazem o tratamento”, contou. 

O imóvel tem capacidade para acolher até 26 pessoas, entre pacientes e acompanhantes. Os acolhidos recebem suporte de palestras educativas com dicas de prevenção e saúde, além de todas as refeições diárias. Para ter acesso a uma vaga na Casa de Apoio, o interessado deve acionar o serviço social do Hospital de Câncer do Maranhão.