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Combate ao racismo é pauta na Escola SESI São Luís em alusão ao Dia da Abolição da Escravatura.   

A Escola SESI São Luís promoveu na sexta-feira, 5, uma roda de conversa sobre o combate ao racismo, contra o preconceito e a violência nas escolas. Na ocasião, os alunos tiveram a oportunidade de refletir sobre boas práticas, vivências e comportamentos. A ação foi realizada em parceria com o Comitê de Diversidade do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA).  

Em maio é comemorado o fim da escravidão no Brasil. Por mais de 300 anos o país teve sua economia ligada ao trabalho escravo. Fosse para a extração do ouro ou para mão de obra em serviços braçais, eram os escravos a força que movia as atividades econômicas brasileiras no regime imperial. Em 13 de maio de 1888 foi assinado o decreto pelo fim da escravidão, a Lei Áurea. Mas ainda há sequelas da escravidão, a exemplo das muitas formas como o racismo se manifesta na sociedade.  

Para tratar sobre o assunto, a Escola SESI São Luís organizou a roda de conversa com a participação de cerca de 120 alunos. O grupo assistiu a uma palestra ministrada pelo Juiz de Direito, Marco Fonseca, que coordena o Comitê de Diversidade do TJ-MA. Na ocasião, ele apresentou o projeto que está sendo executado pelo Tribunal de Justiça e falou sobre casos de intolerância e violência a vários povos e comunidades que ainda sofrem discriminação. 

“Eu cresci aqui perto desse bairro (Alemanha) e quando recebi o convite do SESI percebi o grande trabalho feito aqui nesta escola. Fico feliz pela oportunidade de vir apresentar o nosso projeto e espero que, além de apresentar o Comitê da Diversidade, os alunos venham compreender a importância de lidar com as desigualdades e respeitar o outro. Os negros ainda sofrem um preconceito muito grande em várias áreas de atuação e espaços. Dar essa educação na escola e ter a continuidade em casa diminui o índice de violência a pessoas negras”, disse Marco.  

Dandara Farias tem 15 anos e é aluna do 1º ano do Ensino Médio na escola SESI. Participou da roda de conversa e disse que é necessário discutir esses temas no ambiente escolar, onde também há episódios de preconceito, bullying e violência como se fossem brincadeira. “A palestra também me inspirou sobre a representatividade negra e feminina em espaços como o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), onde eu desejo estar”, antecipou Dandara.  

A ação integra o ciclo de palestras sobre bullying e violência escolar, que reúne temas de fundamental importância para fomentar reflexões sobre o convívio social e escolar, a fim de que a sociedade possa avançar no desenvolvimento de uma cultura mais inclusiva, justa e igualitária para todos, com respeito à diversidade e às diferenças. “A nossa expectativa é que os nossos alunos aprendam ainda mais sobre esses temas e se tornem multiplicadores para que tenhamos um ambiente escolar de paz e acolhimento”, concluiu a psicóloga do SESI, Ariane Chung.