Casa da Mulher Brasileira recebe lideranças indígenas e quilombolas para construção de projeto junto à ONU Mulheres

Na manhã desta quinta-feira (4), a Casa da Mulher Brasileira, equipamento do Governo do Maranhão gerenciado pela Secretaria de Estado da Mulher (SEMU), recebeu uma visita de comitiva da ONU Mulheres que representa o projeto ‘Direitos Humanos de Mulheres Indígenas e Quilombolas: Uma questão de Governança’.

O projeto tem como premissa ser formatado por mulheres indígenas e quilombolas para a reivindicação de direitos e busca por soluções aos problemas enfrentados por elas no dia a dia.

O objetivo do encontro foi apresentar a proposta e debater as bases do projeto, de acordo com as necessidades e demandas sugeridas por lideranças femininas.

Estiveram presentes na ocasião Anastasia Divinskaya, Ana Cláudia Pereira e Norberto Jorge Pinto (ONU Mulheres); Sônia Guajajara (ABIP); Susan Lucena (SEMU/CMB); Maria Nice (ACONERUQ); Ana Bernadete (SEMUSC/GMSL); a secretaria da Mulher Nayra Monteiro, Kari Guajajara e Antonieta Lago (SEMU); Adriana Carvalho (COEPI/SEDIHPOP); Jacinta Maria (CEIRMA/APNS) e Kazumi Tanaka (CODEVIM).

A presidente do Conselho de Estado de Igualdade Racial, Jacinta Maria, ponderou questões como acerca da coordenação do projeto e escolhas dos municípios. “O estado é composto por 80% de negros e é formado por municípios como Alcântara, que possui mais de 100 comunidades quilombolas. Precisamos encontrar a melhor forma de fazer esse diagnóstico’’.

Sônia Guajajara, presente no encontro em nome da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB0), elogiou a iniciativa. “Quando vemos um projeto assim, temos anseio em entender e vamos com sede ao pote para fazer o detalhamento”.

Maria Nice, da ACONERUG, que representa 5.100 comunidades quilombolas, e que está na luta pela causa há 40 anos, agradeceu o lugar de fala e explanou sobre a importância das mulheres indígenas e quilombolas serem ouvidas na construção desse projeto.

“Agradeço por ter sido convidada, pois é muito importante ser ouvida. Me sinto contemplada com a gestão atual do Governo do Estado, que está conseguindo avanços na implantação de políticas públicas para os quilombolas”, comentou.