Varíola: MA registra aumento de casos suspeitos e Brasil tem novas mortes

Com a redução do número de casos e internações, e tendo a pandemia de Covid-19 sob relativo controle, as pessoas puderam respirar um pouco mais aliviadas. Até que começaram a surgir no noticiário informações sobre casos de Varíola dos Macacos.

Mas afinal de contas, que doença é essa? O médico patologista e professor do curso de Medicina da Faculdade Pitágoras, Raimundo Nonato, explica que a varíola foi erradicada na década de 1980 depois de uma grande campanha internacional de vacinação promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “Antigamente, diante do surto de varíola, como não havia cura, a recomendação era esperar o organismo do paciente reagir e combater o vírus. Havia dois tipos de varíola: a varíola major, tipo mais radical da doença, que levava 30% dos doentes a óbito; e a varíola minor, um tipo mais leve que levava a óbito apenas 1% dos doentes”, menciona.

Como a doença foi erradicada, o Brasil não oferece mais a vacina em seu calendário do SUS desde 1970. Mas, quem tomou a dose naquela época ainda tem algum tipo de proteção contra a Varíola dos Macacos. A vacinação contra a varíola tradicional é eficaz também para a varíola dos macacos. No entanto, o especialista alerta para o fato de que pessoas com 50 anos ou menos podem estar mais suscetíveis, já que as campanhas de vacinação contra a varíola foram interrompidas pelo mundo quando a doença foi erradicada em 1980.

A Varíola dos Macacos é uma zoonose silvestre viral (transmitida aos seres humanos a partir dos animais), causada pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero Orthopoxvirus, e foi observada inicialmente em macacos em um laboratório em 1958, na Dinamarca.

Os sintomas da Varíola dos Macacos são semelhantes aos da Varíola, mas com menor gravidade: febre, dores de cabeça, musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão, além de lesões na pele que se desenvolvem primeiramente no rosto e depois se espalham para o corpo. “Essas lesões se assemelham à catapora ou à sífilis até formarem uma espécie de crosta, que depois cai”, alerta Nonato. A transmissão da doença se dá a partir do contato com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e objetos e materiais contaminados, como roupas de cama.

QUAIS CUIDADOS TOMAR DIANTE DO AUMENTO DE CASOS

Ao identificar os sintomas, a pessoa deve procurar o atendimento do profissional de saúde na unidade básica do SUS, próxima à sua residência. A principal forma de proteção é evitar contato direto com pessoas contaminadas. Assim, pessoas com o diagnóstico confirmado de varíola dos macacos precisam cumprir o distanciamento social até a melhora das lesões de pele, além de realizar a separação da roupa de uso individual no momento da higienização. “Destaco que a principal forma de transmissão ocorre através do contato pele a pele, pessoal, ou através do contato com objetos pessoais de um paciente que está infectado com a varíola dos macacos” afirma o patologista.

A varíola geralmente é autolimitada, ou seja, pode ser curada com o tempo. Especialistas chamam a atenção para o período de incubação, geralmente de seis a treze dias. O tratamento é focado nos sintomas com medicamentos para dor, febre, hidratação oral e higienização das lesões. A infecção pode ser grave em alguns indivíduos, como crianças, mulheres grávidas ou pessoas com imunossupressão devido a outras condições de saúde, como lúpus, e pessoas em tratamento de câncer. No entanto, por este vírus estar relacionado ao vírus da varíola, o aspecto positivo é que já existem vacinas disponíveis para conter sua propagação.

De acordo com o Ministério da Saúde, a vacinação em massa não é preconizada em países não endêmicos para a enfermidade, como é o caso do Brasil. A recomendação, até o momento, é que sejam imunizadas pessoas que tiveram contato com casos suspeitos e profissionais de saúde com alto risco ocupacional diante da exposição ao vírus. Em nota, o Ministério da Saúde ainda destaca que as negociações para a compra de imunizantes estão sendo feitas de forma global com o fabricante para ampliar o acesso ao imunizante para os países onde há casos confirmados da doença.

FACULDADE PITÁGORAS  

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Presente nos estados de Minas Gerais, Maranhão, Goiás, Ceará, Pará, Piauí, Paraíba, Pernambuco, Acre, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Paraná e São Paulo, a Faculdade Pitágoras presta inúmeros serviços à população por meio das Clínicas-Escola na área de Saúde e Núcleos de Práticas Jurídicas, locais em que os acadêmicos desenvolvem os estudos práticos. Focada na excelência da integração entre ensino, pesquisa e extensão, a Faculdade Pitágoras oferece formação de qualidade e tem em seu DNA a preocupação em compartilhar o conhecimento com a sociedade também por meio de projetos e ações sociais.

A Faculdade Pitágoras nasceu herdando a tradição e o ensino de qualidade oferecido pelo Colégio Pitágoras, fundado em 1966, que também deu origem ao grupo Kroton.

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A KrotonMed é a unidade de negócio da Kroton voltada para a Medicina. Criada em 2021, a KrotonMed possui mais de 3 mil alunos matriculados no curso de Medicina em 6 instituições de ensino superior: Unic, no Mato Grosso; Uniderp, no Mato Grosso do Sul; Unime Lauro de Freitas e Pitágoras Eunápolis, na Bahia; e Pitágoras Codó e Bacabal, no Maranhão. A KrotonMed possui mais de 7 mil alunos em cursos de Saúde Presencial, mais de 18 mil alunos em outros cursos presenciais de alto valor agregado. Os cursos recebem investimentos constantes para aprimoramento da infraestrutura, que inclui laboratórios e ferramentas que utilizam as mais avançadas tecnologias voltadas ao ensino da Medicina. As instituições possuem parceria com clínicas e hospitais que atendem a população, possibilitando ao aluno acesso a um alto nível de educação que reúne teoria e prática e uma preparação eficiente para sua inserção no mercado de trabalho.