SEMU recebe comitiva da ONU Mulheres Brasil para retomar parceria, em 2023.

No mês da mulher, o Governo do Maranhão, através da Secretaria de Estado da Mulher (SEMU), recebeu, na última quinta-feira (16), no Edifício Nagib Haickel (1º andar), em São Luís, a comitiva da Organização das Nações Unidas (ONU) Mulheres Brasil.

O objetivo do encontro foi estreitar as relações do Governo do Estado com a instituição ONU Mulheres Brasil, junto à nova gestão da Secretaria de Estado da Mulher, para que projetos e programas destinados às maranhenses, possam acontecer em parceria e impactar o maior número de mulheres possível. 

A reunião visou também apresentar a nova gestora da pasta, Abigail Cunha, para alinhamento da continuidade da parceria existente no projeto “Direitos humanos de mulheres indígenas e quilombolas: uma questão de governança”, em 2023. 

Na oportunidade, estiveram presentes, as representantes da ONU Mulheres Brasil, Anastasia Divinskaya e Ana Cláudia Pereira. Também estiveram presentes, representantes da Sedihpop, SEIR e Casa da Mulher Brasileira.  

A secretária da Mulher, Abigail Cunha, ressaltou a importância da parceria para o debate das políticas públicas voltadas para as mulheres indígenas e quilombolas. “Tivemos hoje uma reunião muito proveitosa aqui na SEMU; recebemos a ONU Mulheres Brasil representada pela Anastasia, diretora. Foi uma tarde muito proveitosa e de muito diálogo; debatemos políticas públicas voltadas principalmente para as mulheres quilombolas e indígenas. Vem muita novidade por aí. Estamos com muitos projetos e planos que, com certeza, o nosso governador Carlos Brandão irá abraçar e nós iremos efetivar essas políticas públicas”, afirmou. 

Presente na reunião, a adjunta da SEMU, Antonieta Lago, destacou a articulação dos diversos atores envolvidos na construção destas políticas. 

“Importante parceria entre a secretaria de Estado da Mulher e esse organismo internacional com representação no Brasil que é a ONU Mulheres para realização de um projeto tão fundamental na vida das nossas maranhenses, que é o projeto ‘Direitos humanos de mulheres Indígenas e quilombolas: uma questão de governança’, que vem articular diversos atores sociais como prefeituras municipais, equipes gestoras municipais e as mulheres lideranças desses territórios para que possam discutir, dialogar, implementar mais políticas públicas para essas mulheres”, pontuou. 

Para a analista de programas da ONU Mulheres Brasil, Ana Claudia Pereira, a reunião foi muito importante no sentindo de dar seguimento à parceria, para que os resultados positivos não se percam com o tempo. 

“A reunião de hoje foi para pensar o rumo desse projeto ‘Direitos Humanos para as Mulheres Indígenas e Quilombolas: uma Questão de Governança’, que a ONU Mulheres implementa em parceria com os governos do Maranhão e do Pará, com esse foco nos direitos das mulheres indígenas e quilombolas. Esse projeto tem perspectiva de encerramento em 2023, então hoje estamos pensando em como garantir que tantos resultados positivos não se percam com o tempo”, observou. 

Parceria consolidada

Iniciada em meados de 2021, a parceria entre o Governo do Maranhão e a instituição têm rendido bons frutos, como o projeto “Direitos humanos de mulheres indígenas e quilombolas: uma questão de governança”, que teve como foco a promoção de políticas públicas que garantam os direitos humanos de mulheres indígenas e quilombolas.

Desenvolvido a partir de uma estratégia piloto, o projeto realizou oficinas, cursos e ações de apoio à formulação de políticas públicas sensíveis às especificidades das mulheres indígenas e quilombolas no Maranhão, nos municípios de Penalva (MA) e Grajaú (MA).

III Plano Estadual de Políticas Públicas para as Mulheres do Maranhão

Outra importante parceira aconteceu em 2022, com a equipe da ONU Mulheres auxiliando na construção do III Plano Estadual de Políticas Públicas para as Mulheres do Maranhão, prestando consultoria, através do seu corpo técnico.

O documento estabelece 10 políticas para a promoção da igualdade entre mulheres e homens no estado, no sentido de fortalecer as mulheres social e politicamente, com a interiorização e municipalização das ações de gênero, oportunizando autonomia econômica, educação para cidadania, saúde integral e enfrentamento a todas as formas de violência e ao racismo estrutural, em especial contra as mulheres negras e indígenas, com reforço estratégico aos segmentos femininos minoritários, pensando o meio ambiente, a transversalidade de gênero no governo estadual e a gestão e monitoramento dessas políticas.