Psicólogo dá dicas de atividades que ajudam a combater a depressão
Cerca de 20% das mulheres e 12% dos homens sofre de depressão. O dado é do Ministério da Saúde. Segundo o órgão, as causas do problema podem estar relacionadas a tanto eventos estressantes e traumáticos como à própria bioquímica do cérebro do indivíduo. Fatores genéticos também contribuem. A campanha “Setembro Amarelo”, iniciada na década de 90 nos Estados Unidos, reforça a importância da atenção à saúde mental.
Para que seja ministrado o tratamento adequado, é fundamental que o diagnóstico de depressão seja feito por um profissional especializado. O psicólogo da Hapvida NotreDame Intermédica, Benevides Silva, pontua que é importante saber distinguir entre tristeza e depressão.
“A depressão é um transtorno caracterizado por uma tristeza persistente e falta de interesse ou prazer em realizar atividades que antes eram agradáveis e gratificantes. A esse quadro, se somam o mau humor, sentimento de vazio, desesperança e desânimo. Já a tristeza é um sentimento normal, que pode acontecer por vários motivos e em diversos momentos da vida, mas é autolimitado. A tristeza prolongada é um dos sintomas do quadro depressivo. É importante ficar atento”, esclarece.
O especialista reforça que alguns casos necessitarão de medicamentos e terapia, mas outras atividades também são recomendadas para aliviar os sintomas. Segundo ele, é importante aliar ao tratamento atividades que podem ser feitas em casa, no tempo livre, ou com a família e amigos. “Uma atividade que todos nós já sabemos que influencia é o exercício físico, que deve ser feito diariamente por, no mínimo, 20 minutos. Movimentar-se é um excelente remédio natural para a depressão e outros transtornos mentais. Ao movimentar o nosso corpo, vamos estimular a liberação dos chamados ‘hormônios da felicidade’, que são a endorfina, dopamina e serotonina”, afirma.
O psicólogo destaca, ainda, que atividades como sair de casa com amigos, meditar, realizar trabalho voluntário, ter um hobby e praticá-lo, encontrar grupos de apoio, exercitar a gratidão, fazer cursos e aproximar-se da natureza são fundamentais, além da psicoterapia.
“Alguns casos podem necessitar de um tratamento multidisciplinar, com psicofármacos para amenizar os sintomas. Vale a pena reforçar a importância da terapia, que é onde o profissional vai ajudar o paciente a compreender o seu papel no tratamento, incentivando a combater os sintomas, curar ressentimentos antigos e ajudá-lo a ser mais assertivo em suas escolhas”, finaliza.