Economia

Previdência privada: um guia com o que você precisa saber sobre essa opção de investimento

A previdência privada é um tipo de investimento para quem deseja se aposentar com segurança e que também permite aos segurados contratarem coberturas adicionais de risco que os protejam em casos de doença, invalidez ou morte.

Ao contrário da previdência pública, cada pessoa possui um saldo individualizado, conforme o sistema de capitalização – quanto maior o saldo e a idade da aposentadoria, maior o benefício a ser recebido.

Os resgates podem ser parciais ou totais, e podem ser convertidos em renda mensal vitalícia, temporária ou reversível. Ela não é vinculada ao INSS, mas, sim, ao mercado aberto em geral, e é um direito social constitucionalmente assegurado.

A busca pelo investimento complementar cresceu exponencialmente ao longo dos anos. Em 2022, o setor conquistou R$ 156,2 bilhões em prêmios e contribuições, um avanço de 11,1%, em relação ao ano anterior, segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi).

Ao final de 2022, cerca de 10,8 milhões de brasileiros entre 20 e 65 anos tinham algum plano de previdência privada. Caso você esteja em dúvida sobre esse tipo de investimento, preparamos um guia com as principais informações a respeito do tema. Confira abaixo!

Tipos de planos de previdência privada e qual escolher

Os principais planos de previdência complementar são o PGBL e o VGBL, ambos têm o mesmo objetivo, e a diferença se dá pela tributação. O que influencia na escolha entre os dois é a maneira como o investidor declara o seu Imposto de Renda. A decisão também varia conforme o perfil de risco do investidor.

O PGBL é recomendado para quem realiza a declaração completa, já que as contribuições podem ser deduzidas com base no cálculo do IRPF de até 12% da renda bruta anual. De acordo com a Fenaprevi, ela é a modalidade favorita dos brasileiros e foi responsável por 90% da captação bruta no ano de 2022.

Em contrapartida, o VGBL é indicado para investidores que declaram o IRPF pela tabela simplificada ou para complementar a acumulação de saldo quando o limite de 12% for atingido.

Vale ressaltar que as contribuições para VGBL não são dedutíveis, mas uma das vantagens consiste na tabela regressiva de Imposto de Renda e na base de cálculo constituída apenas pelos rendimentos.

Vantagens da previdência privada

Optando pela previdência complementar, você pode ganhar benefícios tributários descontando 12% da renda bruta que é tributável no Imposto de Renda. Também é possível realizar a portabilidade e migrar seu patrimônio de uma instituição para outra.

Não há incidência de come-cotas, a cobrança do imposto ocorre apenas no momento do resgate em ambos os planos. Além disso, permite aos herdeiros uma sucessão patrimonial, caso o contribuinte não consiga usufruir do benefício de renda complementar.

No entanto, para aproveitar todas as vantagens de um plano previdenciário privado, é essencial se atentar às cobranças abusivas das taxas praticadas pelas administradoras.

As principais tarifas são a taxa de administração, a taxa de carregamento, a taxa de performance e a taxa de saída. Um advogado para aposentadoria pode auxiliar no processo.