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Operação Maranhão Sem Queimadas é reforçada com dados de videomonitoramento

Desde 1º janeiro até a segunda quinzena de julho deste ano foram registradas 4.427 queimadas no Maranhão, que no ranking nacional é o segundo em número destas ocorrências. Os meses de maio e junho costumam ser de transição das características climáticas no estado, porém, junho concentrou mais da metade do total destes casos. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e alertam para os riscos de aumento dos casos no estado, neste período da estiagem. Para conter estas ocorrências, o Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) intensifica as atividades da operação Maranhão Sem Queimadas.

O trabalho se concentra em regiões com maior incidência de casos e em área indígenas. Os municípios de Mirador e Balsas são os mais atingidos no momento. Para atuar na prevenção e contenção das ocorrências, o Corpo de Bombeiros executa um protocolo de ação direcionada. “Temos feito um trabalho em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e, lembramos que, um decreto de governo já determinou a proibição do uso de fogo para limpeza de terrenos. Isto é devido a estarmos no período de estiagem, que é propício ao crescimento dos focos de calor”, apontou o comandante geral do CBMMA, coronel Célio Roberto.

Os focos de calor se configuram por temperaturas a partir de 47 graus centígrados e são captados pelos satélites em ambientes como telhados, placas solares e afins. A queimada é originada do ato de limpeza de áreas com uso do fogo, que é considerada legal, se autorizada pelo órgão de competência. “Portanto, nem toda queimada vai se transformar em incêndio florestal. Estamos trabalhando na contenção das queimadas ilegais, obedecendo o decreto do governo, para preservar o meio ambiente. A presença dos bombeiros tem sido fator decisivo para a contenção destas ocorrências”, ressaltou o coronel Célio Roberto.

Segundo o Corpo de Bombeiros, as principais causas de queimadas no Maranhão são o tempo seco e o desmatamento. Só este ano, um total de mil quilômetros quadrados foram desmatados no estado, segundo o INPE. A operação Maranhão Sem Queimadas prossegue até dezembro. 

Monitoramento 24 horas

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) gerencia a chamada Sala de Situação, composta por um sistema de videomonitoramento, do qual é possível manter vigilância, por 24 horas, dos focos iniciais de incêndio no Maranhão. A cada 15 minutos, as imagens são atualizadas e é feita análise para identificar se o foco de calor trata-se de uma queimada com possibilidade de evoluir para incêndio florestal. O trabalho é feito por meio de sensoriamento remoto, captado por imagens de satélite. Sendo identificado e confirmado, é enviado alerta ao Corpo de Bombeiros para agir no controle e combate.