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Mais de 200 pesquisadores apoiados pelo Governo do Maranhão se destacam em ranking científico internacional

Instituições de ensino superior do Maranhão representadas por 217 pesquisadores, que ao longo de sua trajetória profissional contaram com apoio do Governo do Maranhão, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), integram o ranking AD Scientific Index 2023. O governador Carlos Brandão destacou o resultado alcançado, em suas redes sociais, pontuando o fortalecimento da pesquisa no Maranhão.

“É um orgulho e uma grande conquista dos nossos valorosos pesquisadores no AD Scientific Index 2023, importante ranking que analisa a produtividade acadêmica em milhares de universidades do mundo. Este resultado é reflexo da política do nosso governo, de investir na educação e na produção científica no Maranhão”, ressaltou o governador Carlos Brandão.

Os números alcançados neste ano tornam-se ainda mais expressivos, se comparados à edição do ranking publicada em 2021, quando figuravam 43 nomes na lista. Os dados divulgados neste ano constatam um incremento de 404% na presença de pesquisadores apoiados pela Fapema no ranqueamento.

“Esses números refletem a política do Governo do Maranhão para o fomento e o apoio à pesquisa científica e à inovação nos últimos anos”, destacou o presidente da Fundação, Nordman Wall. Dados divulgados no final do mês passado, durante o Fórum do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), em São Paulo (SP), já apontavam que o Maranhão havia incrementado em quatro vezes a sua contribuição com a produção científica nacional nos últimos anos.

O relatório do Confap também demonstrou que o Maranhão é o 2º estado do país, pelo segundo ano consecutivo, no investimento em pesquisa científica, por meio da concessão de bolsas de mestrado e doutorado. O quantitativo de pesquisadores cursando doutorado no Maranhão, entre 2019 e 2021, contou com um incremento de 32,35% – o quarto maior índice nacional. Em relação aos cursos de mestrado, o aumento de bolsistas no estado, no mesmo período, foi de 22,02% – o sétimo índice de crescimento no país.

Ranking

O AD Scientific Index é um sistema de classificação que apresenta a produtividade total e dos últimos seis anos dos pesquisadores, conforme sistema de pontuação e número de citações no Google Acadêmico. Apenas autores que têm perfil público e e-mail institucional cadastrado são passíveis de ranqueamento. 

Para a elaboração do ranking deste ano, foi analisada a produção acadêmica e científica de 21.480 universidades e/ou instituições de ensino superior, em 218 países. Foram avaliados 1.345.235 pesquisadores com base nos seus respectivos índices H total, índice i10 total e o número de citações.

“O Maranhão tem experimentado um crescimento gradual em seus programas de pós-graduação, o que tem levado a um aumento no número de pesquisadores e, consequentemente, a uma maior produção científica. Esse progresso é um importante marco qualitativo para o estado”, avaliou o professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), João Bottentuit Júnior, diretor científico da Fapema.

Bottentuit integra o ranking como pesquisador nas áreas de Tecnologia Educativa, Informática na Educação e Educação a Distância. “A Fapema teve um papel fundamental em ajudar nesse processo de crescimento; pois, apesar da pandemia, os projetos, pesquisas e editais continuaram sendo executados, o que contribuiu para o expressivo número de pesquisadores reconhecidos na lista”, comentou.

A pesquisadora na área da Antropologia, Karina Biondi, da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), destacou a sua felicidade em compor a lista. “Isso demonstra que o meu trabalho vem sendo lido e citado, sendo referência para outros colegas. Isso é muito gratificante, pois é o reconhecimento do esforço de produzir algo de qualidade, que contribua para o debate público e científico”, afirmou. Segundo Biondi, as agências de fomento científico são fundamentais para garantir uma produção de qualidade. “Desde que cheguei ao Maranhão, venho contando com o apoio da Fapema, para minha pesquisa e as de orientandas e orientandos”, assinalou. 

“Constar nesse ranqueamento é importante para a visibilidade da pesquisa de qualidade que realizamos na Uema”, avaliou a cientista Raimunda Nonata Fortes, que se dedica a pesquisas com a temática dos biomarcadores de contaminação aquática em regiões portuárias. “A Fapema tem um papel fundamental nesse processo, pois financiou integralmente nosso Laboratório de Biomarcadores em Organismos Aquáticos e muitas das nossas pesquisas foram apoiadas por meio do edital Universal”, prosseguiu. “Minha gratidão ao investimento público feito na pesquisa e na formação dos nossos pesquisadores que estão levando adiante essa linha de pesquisa tão promissora e necessária para nosso contexto de desenvolvimento econômico”, concluiu.

Para o professor Rogério Fernandes dos Santos, pesquisador de Literatura Brasileira na Universidade Estadual da Região Tocantina (Uemasul), em Imperatriz, “a pesquisa científica é o motor para o desenvolvimento social e as agências de fomento, sobretudo a Fapema, tem papel estratégico”. Ele demonstrou a sua felicidade pelo expressivo número de integrantes do Maranhão na lista. “Temos em comum a compreensão de que a produção de conhecimento deve ser partilhada”, prosseguiu. “ Parcerias entre pesquisadores e instituições através de bolsas de produtividade, eventos e incentivo à publicação são fundamentais para a continuidade dos trabalhos”, finalizou.

Na avaliação do professor Jomar Vasconcelos, do Instituto Federal do Maranhão (Ifma) Campus São Luís – Monte Castelo, que atua na área de Engenharia Elétrica, “a conquista vem sendo resultado de anos de trabalho árduo, dedicação à pesquisa e ao avanço do conhecimento”.  Ela ressalta que boa parte dos recursos financeiros para as suas pesquisas são oriundos de projetos e bolsas para estudantes aprovados nos editais da Fapema. ”Com os recursos que nos foram disponibilizados nos últimos anos, conseguimos manter o nosso nível de pesquisa”, ponderou. 

Para a cientista Janine Ribeiro Godoy, da Universidade Ceuma, Campus Imperatriz, e consultora “ad hoc” da Fapema, é muito gratificante ao pesquisador ver, ainda em vida, os frutos do seu trabalho sendo colhidos. “Tudo isso tem grande relevância na vida profissional, por impulsionar e reforçar que estamos no caminho certo. Manter-se como um referencial requer estar sempre na ativa e produzindo”, asseverou.

De acordo com Godoy, pesquisadora da área de Microbiologia, com ênfase em Micologia e Bacteriologia Médica, o potencial produtivo não depende só do pesquisador, mas de oportunidades e incentivos. “A Fapema tem nos dado um imenso suporte para que parte dessa trajetória fosse, e ainda continue sendo percorrida com excelência”, concluiu.