Neto Evangelista denuncia falta de atenção da rede pública de ensino de São Luís às crianças autistas.

O deputado Neto Evangelista (União Brasil) denunciou, na sessão plenária desta quinta-feira (9), a falta de atenção da rede pública de ensino de São Luís às crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O parlamentar falou sobre a situação difícil que diversos pais e mães têm enfrentado diariamente, por falta de acompanhamento especializado para os seus filhos nas escolas do município.

Em seu pronunciamento, Neto Evangelista afirmou que a Lei Federal Berenice Piana garante o acesso à educação às crianças com autismo e, dependendo do nível, elas também têm direito a um acompanhamento pedagógico especializado. O deputado disse, ainda, que o Governo do Estado está cumprido o seu papel nesse sentido, ao contrário da Prefeitura de São Luís.

“Eu conversei com uma mãe e ela contou que a família se mantém com um salário mínimo do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e, para que o filho dela pudesse ficar na escola, ela teve que contratar uma pessoa para acompanhá-lo. Só que o trabalho dessa pessoa custa R$ 800,00. Como é que essa família vai sobreviver? Ontem, eles estavam na porta da Prefeitura, em uma manifestação pacífica, e não foram sequer recebidos pelo prefeito”, assinalou.

Neto Evangelista fez um apelo ao prefeito Eduardo Braide para que tenha sensibilidade com a situação destes pais e mães e coloque tutores para fazer esse acompanhamento nas escolas da rede municipal. O parlamentar frisou que é dever do poder público olhar por todos e, principalmente, para aqueles que mais precisam.

“Não há nada mais certo do que você se colocar no lugar do outro. A maioria de nós aqui somos pais, temos filhos e sabemos das dificuldades do dia a dia. Agora, imagina para uma mãe atípica, sozinha, que deveria ter no poder público seu principal aliado? Faço um apelo de forma direta ao prefeito Eduardo Braide, para que tenha sensibilidade e coloque esses tutores, um atendimento especializado pedagógico ao lado dessas crianças para que tenham um mínimo de qualidade de vida”, finalizou.