A Superliga segue sendo uma ameaça grave ao futebol europeu.

LaLiga quer mais uma vez mostrar sua oposição à Superliga, após o anúncio hoje de um decálogo em que apresenta falsamente um modelo de competição aparentemente aberto, cujo modelo de governança não é democrático, concedendo o poder e decisões para alguns clubes ricos, deixando clubes pequenos e médios sem voz.

Dizem que será 100% aberto, mas a realidade é que poucos clubes ricos são os únicos que vão se beneficiar desse modelo, que já foi apresentado, analisado e rejeitado em 2019, sendo muito complicado que de um ano para o outro, estes clubes percam o seu lugar na categoria mais alta do futebol europeu.

As ligas nacionais correm o risco de desaparecer com um formato de Superliga que não contempla que as ligas sejam o veículo direto da elite europeia. Se o seu modelo está fundamentado em “várias divisões”, com um grupo de elite a garantir a permanência no escalão superior, o seu modelo não é 100% aberto como falsamente prometem.

A LaLiga se pergunta como é possível criar uma nova competição com mais equipes e mais jogos sem afetar o calendário e de onde eles vão tirar mais receita se não tirarem das ligas nacionais.

O resultado final é que a Superliga vai arruinar as ligas nacionais, como mostra um relatório da KPMG, e afundará clubes pequenos e médios em toda a Europa, matando o futebol europeu como o conhecemos.

Especificamente, o relatório de especialistas da KPMG estima uma perda de receita global na LaLiga de até -55% e, adicionalmente, para clubes não pertencentes à Superliga, -64% de seu valor.
 

A Superliga vai significar um vácuo econômico para as ligas nacionais no curto prazo, mas também vai levar a uma redução de receita para os clubes da Superliga no médio e longo prazo, destruindo assim toda a indústria: PIB, empregos e impostos.