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Governo amplia assistência e acolhimento para dependentes químicos na nona edição da Ação Resgate

Há dois anos, Charliane Silva, de 18 anos, convive com a dependência em substâncias psicoativas e do craque. Desde então, saiu de casa e não retornou mais. Nesta quarta-feira (28), na nona edição da Ação Resgate, realizada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD Estadual), na região do Mercado Central, a jovem aderiu ao tratamento. 

“Tenho pais, mas não vou mais em casa. Vivo por aqui e na Praça Deodoro, ando por todo lugar. Quero caçar minha melhora, mudar de vida. É uma guerra e preciso de muita força”, disse Charliane Silva. 

Para Ronald Mendes, de 26 anos, participou da ação. “Estou na rua há dois dias. Saí para evitar mais briga em casa. Sou viciado há oito anos, e nesse tempo, já fiquei alguns meses sem usar, mas acabei voltando. Quero retomar minha vida, sou eletricista de carro, e hoje não trabalho mais por vergonha e desconfiança das pessoas”, destacou. 

A ação, realizada em alusão a Semana Nacional de Combate às Drogas, em função do dia 26 de junho, Dia Internacional de Combate às Drogas, também prestou atendimento em saúde para população da região do Mercado Central e entorno. Entre os serviços de saúde ofertados na ação, as equipes realizaram testes de HIV, sífilis, hepatite, vacinação contra a gripe, aferição de glicemia e verificação de pressão arterial.  

De acordo com o diretor do CAPS AD Estadual da SES, Marcelo Costa, o diálogo dos dependentes com os profissionais da saúde amplia a possibilidade de adesão ao tratamento.  “Vamos até eles na tentativa de conversar e orientar a buscar atendimento no CAPS. Se houver aceitação, ele é avaliado por uma equipe multidisciplinar e é encaminhado automaticamente para a Unidade de Acolhimento (UA), que possui 15 leitos para internação e também compõe a Rede Estadual de Saúde”, explicou. 

Durante a ação, as equipes realizaram três encaminhamentos de usuários para tratamento no CAPS AD Estadual, 125 testes de HIV, 125 testes de Hepatite e Sífilis, 275 testes de glicemia, 189 aferições de pressão arterial, 38 consultas com clínico geral, entre outros.

Parceiro da ação, o delegado Joviano Furtado reiterou a importância do resgate. “Nós monitoramos os locais onde existem maior concentração de dependes químicos. Normalmente, temos feito duas ações por mês, para tentar resgatar aquelas pessoas para o tratamento”, explicou.