Diretoria da ACII discute deficiência na malha aérea de Imperatriz

A diretoria da Associação Comercial e Industrial de Imperatriz (ACII) tem se reunido para debater a atual situação da malha área de Imperatriz. Atualmente, os voos partindo do Aeroporto Renato Cortez Moreira seguem limitados e a cidade está sem conexão direta com São Luís, dificultando o acesso de empresários e investidores à região.  

Para o presidente da ACII, Edmar Nabarro, o cenário tem impactado negativamente os investimentos no comércio e indústria da região. “Não temos voos diretos para a capital. Está sendo necessário pegar voo em Marabá, devido à dificuldade aqui em Imperatriz. E realmente agora fiz um compromisso de entrar nesse assunto com solidez, para que a nossa diretoria discuta com parlamentares de forma firme essa situação. Depois de muita insistência, tivemos esse voo com conexão em Belém, mas ainda não é suficiente”, explica.  

O diretor de turismo da ACII, Denilson Passos, endossa o discurso reforçando a importância de uma resolução mais efetiva para a situação. “Temos que tratar desse assunto que é de extrema relevância. São diversas cidades na nossa região que se utilizam desses voos para ter conexão com o resto do Brasil. Nós somos o oitavo maior estado da federação e o segundo em termos de litoral, e só temos dois aeroportos, um em Imperatriz e São Luís. E agora, essa conectividade entre a cidade e a capital não existe mais. As companhias que operam na nossa cidade não estão prestigiando essa rota e não é falta de demanda”, explica. 

Ainda segundo o diretor, a ligação entre as duas cidades fomenta o desenvolvimento social e contribui positivamente no desenvolvimento econômico. “Os dois estão totalmente ligados, tem a questão dos hotéis, das indústrias, e a forma mais rápida de qualquer empresário chegar a Imperatriz é pela via aérea, então ela acaba representando um crescimento econômico e social”, reforça.  

Nabarro explica ainda que os aeroportos de São Luís e Imperatriz deverão ser licitados em breve. “O aeroporto de Imperatriz será muito menos atrativo comercialmente para alguém dar um lance maior, então esse prejuízo ao qual estamos falando regionalmente envolve o aeroporto da cidade, assim, você tem um reflexo no próprio leilão dessa concessão, ou seja, o prejuízo é enorme”, comenta.  

O presidente afirma também que a entidade vem acompanhando e adotando ações prudentes em relação a essa área, “Vamos oficiar o poder público da união para dizerem qual é a justificativa dita pelas empresas aéreas com relação a isso. Temos legitimidade para acionar coletivamente as empresas envolvidas, para que elas expliquem-se à população, porque isso está prejudicando não só a região, mas também a licitação pública que vai acontecer da concessão do aeroporto”, finaliza.