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Conheça os prós e contras dos prédios antigos, em comparação com os novos

O mercado imobiliário e da construção civil é, notadamente, um dos ramos que não para de crescer. Levantamento da administradora Lello indicou que o ano de 2023 encerrou com cerca de 46 mil novos apartamentos somente na cidade de São Paulo – cerca de 250 novos condomínios. A diferença para os anos anteriores é que entram os apartamentos grandes e de alto padrão, de mais de 100 m², e saem os apartamentos menores e estúdios.

O crescimento é de 30%, quando comparado com o ano de 2022, ano no qual 2 prédios foram erguidos por dia na capital paulista. A cidade, entre 2000 e 2020, viu o número de apartamentos dobrar, de 767 mil unidades para 1,38 milhão, de acordo com o Centro de Estudos da Metrópole (CEM), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Cepid-Fapesp), com base nos dados do IPTU, ultrapassando o número de casas.

No entanto, mesmo com o crescimento expressivo de prédios novos, os prédios antigos ainda atraem várias pessoas que sonham com seu próprio espaço. Isso acontece por diversas razões. Porém existem diferenças substanciais entre as construções novas e as mais velhas.

O que mais atrai novos moradores para os apartamentos antigos costuma ser a boa localização. Por terem sido construídos primeiro, aproveitaram os espaços das regiões mais centrais e dos melhores bairros da cidade. Devido a isso, desfrutem de melhores infraestruturas ao redor como supermercados, áreas de lazer, serviços e também transporte.

Outra questão fica por conta da construção em si: apartamentos amplos, de pé-direito alto, com grandes janelas, azulejos de época e charmosos pisos de taco costumam encantar com seu charme. Porém isso não é uma regra. Quem procura fazer reformas em apartamentos antigos pode esbarrar em alguns problemas, sejam eles estruturais ou custos mais elevados. Recomenda-se sempre consultar um engenheiro ou arquiteto para tanto.

Embora as plantas antigas sejam muito mais espaçosas e aparentam ter estruturas mais sólidas, por trás das paredes nem sempre tudo vai bem. Instalações hidráulicas e elétricas geralmente apresentam problemas: as fiações não são mais adequadas às demandas modernas e podem até mesmo entrar em curto-circuito. Já os canos podem apresentar corrosão – muitos prédios antigos ainda possuem encanamento de ferro.

Outro contra pode ficar por conta de algumas comodidades já bastante enraizadas nos prédios mais modernos, como elevadores, academias e áreas comuns e de lazer. Estas são bem mais raras em prédios antigos, em que, por vezes, até mesmo vagas de garagem são inexistentes.

Os prédios antigos, no entanto, se conectam mais com a cidade e com sua história. Vale pesar, portanto, as necessidades e ver qual modalidade se adequa mais. Quem procura bom espaço interno e quer aproveitar o que o bairro tem a oferecer ao fazer tudo a pé pode se beneficiar de um prédio mais velho. 

Outro benefício é o preço: costumam ter um preço mais baixo que os apartamentos novos – e taxa de condomínio menor. Mas, mesmo assim, garimpar é preciso. Procurar bem e negociar é sempre importante. No mais, ainda há a possibilidade de encontrar boas unidades em sites de leilão de apartamentos.