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Como o mercado imobiliário no Nordeste se tornou o maior do país

As vendas de imóveis nos estados do Nordeste sustentam uma curva de crescimento crescente desde 2020. Atraídos pelas belezas naturais, pela cultura e riqueza litorânea, investidores aquecem o mercado e desempenham papel fundamental na valorização imobiliária da região. Agora, diante das mudanças e facilidades de acesso ao crédito e moradia, a procura tende a aumentar. 

No entanto, é devido entender que a demanda por casas e apartamentos já era relevante. De acordo com informações da consultoria Brain Inteligência Estratégica, em um acumulado de 12 meses, finalizado em março deste ano, foram lançadas 31 mil unidades, enquanto se fechou negociação de 35,7 mil. Isto é, a quantidade de imóveis vendidos supera a de novas edificações.

De modo geral, as expectativas entre os representantes de incorporadoras e construtoras nordestinas são otimistas. Não por acaso, o segundo semestre começou com promessas e estratégias de expandir o número de lançamentos, a fim de aproveitar as oportunidades de ganhos financeiros diante de uma economia acelerada. 

Mercado imobiliário aquecido 

Durante a pandemia, a Taxa Selic atingiu o seu menor percentual, e, nessa condição, a aquisição de imóveis se favoreceu, pois a maior parte dos financiamentos considera os juros praticados por esse indicador. Porém o ritmo se manteve no período posterior. Dessa vez, orientado pela queda da inflação e pelo contexto de recuperação econômica.

Ainda assim, é certo que as mudanças nas políticas de acesso à moradia também são essenciais para entender o aquecimento do mercado imobiliário no Nordeste. Dentre elas, se destacam um dos principais programas do governo federal e um projeto de lei. 

  • Minha Casa, Minha Vida

A ampliação do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) possibilitou que o teto do preço das residências passasse para R$ 350 mil, R$ 100 mil a mais do que era praticado anteriormente. 

O aumento no limite do financiamento beneficia grupos familiares com faixas de renda distintas, garantindo o acesso a taxas de financiamento subsidiadas. Isto é, trabalhadores da classe média poderão comprar a casa própria com custo de financiamento menor do que os altos juros praticados em negociações, que não foram contemplados pelo programa. 

  • Marco das garantias

Outra mudança que promete diminuir os custos para aqueles que vão comprar um imóvel é o PL 4.188. Mais conhecido como Marco das Garantias, esse projeto tenta encolher os riscos de inadimplência ao desburocratizar a tomada extrajudicial de bens móveis apresentados como garantia no ato da negociação de financiamento ou de empréstimo com garantia. Na prática, o efeito deve aumentar a confiabilidade do credor e diminuir os juros praticados pelas instituições financeiras e de crédito.