Coletivo Nós repercute greve dos professores de São Luís
O co-vereador Jhonatan Soares, do Coletivo Nós (PT), usou a tribuna da Câmara Municipal de São Luís, durante a sessão ordinária desta terça-feira, 26, para falar sobre a situação dos professores da rede municipal de ensino.
Os profissionais estão em greve desde o dia 18 de abril e reivindicam em sua campanha salarial a atualização do piso nacional. Os professores decidiram iniciar o movimento grevista após a prefeitura oferecer reajuste de 5%, bem abaixo do esperado pela categoria.
O parlamentar iniciou seu discurso informando que na sessão ordinária de segunda-feira, 25, ocorreram dois fatos importantes: a aprovação do Projeto de Lei para redução da carga horária dos cuidadores da educação e a recepção dos professores grevistas na câmara.
“Nós tivemos aqui na porta da Câmara quase dois mil professores do município de São Luís. Pela primeira vez na história do sindicato da educação (Sindeducação) eles foram recebidos na porta da Câmara por mais de dez vereadores. Para o sindicato, foi um momento único, inclusive todos os vereadores, de várias posições políticas desta Casa Legislativa, declararam apoio a causa dos professores do município”, disse.
Em seguida, o co-vereador fez uma retrospectiva das ações que o Coletivo Nós realizou destinadas a atender a educação do município. Ele informou que desde o início do mandato o Coletivo Nós tem como uma de suas principais preocupações as políticas educacionais.
Jhonatan Soares também destacou que a falta de diálogo do poder executivo é o principal motivo para o cenário de greve dos professores. “A greve tem uma justificativa e é a falta de diálogo do município. A prefeitura de São Luís não sabe conversar com a categoria. Ainda tem outra questão que é muito grave, essa gestão do executivo municipal, além de não proporcionar a participação popular, é ainda uma gestão que não promove a transparência. A prefeitura está no ranking das capitais menos transparentes. Ela não presta conta. Quanto que de fato a gestão municipal tem investido do recurso do FUNDEB para o pagamento dos professores?”, pontuou.
Ainda em seu discurso, o parlamentar disse que não é de interesse dos professores que a greve continue, mas que é uma das poucas formas de lutar por melhorias.
“Vocês acham que os professores estão em greve por que querem? Por que eles gostam? Claro que não. A greve é a última instância, é a última prerrogativa que os professores têm nessa mesa de negociação”, concluiu.