Centro de Ensino Maria José Aragão apresenta culminância de Disciplinas Eletivas

Envolver e despertar nos estudantes a criatividade, o respeito à diversidade e a consciência sobre sustentabilidade. Com esses objetivos, o Centro de Ensino Maria José Aragão, escola da rede estadual de ensino, na Cidade Operária, realizou nesta quinta-feira (10) a culminância de duas Disciplinas Eletivas. Foi uma ação simples, com poucas pessoas e com as medidas de segurança necessárias contra a Covid-19. A culminância contou com a participação do secretário Felipe Camarão, do secretário adjunto de Administração da Seduc, Vitor Pfluger, e Sandro Reis, superintendente de Engenharia da Seduc. 

A primeira Disciplina Eletiva apresentada foi sobre Linguagens: poderosazul “Te-Cer Humano de Todas as Cores”. Sob a orientação das professoras Márcia Feitosa e Conceição de Maria Costa Sousa, ambas de Língua Portuguesa, os estudantes trabalharam a temática do preconceito enraizado em alguns hábitos e palavras. O ponto de partida foi o estereótipo encrustado nas raízes da sociedade de que “mulher usa rosa, homem, azul”. O projeto foi trabalhado em três etapas. 

“Primeiramente, tivemos o encontro presencial com apresentação de uma peça teatral sobre o respeito às diversidades humanas, contextualizando várias temáticas sobre a igualdade de direitos, explorando subjetivamente as cores nesse universo diferente da beleza das cores, que unidas podem representar o mais belo arco-íris desse horizonte”, destacou a professora Márcia Feitosa.

“É ter e ser todas as cores possíveis, sem fazer diferença pela beleza de cada uma. Assim, é tecer sua palavra, que te representa, ‘pra’ continuar a emitir pra si mesmo e para todos que tudo é possível”, completou a professora Conceição de Maria Costa Sousa.

Os estudantes trabalharam vários gêneros textuais e, a partir daí, literalmente, bordaram as palavras escolhidas: coragem, fé, amor, superação, liderança, paz, sonho, entre outras. E todas as palavras juntas formaram o belo quadro que deram o nome de: “Poderosazul”.

“O quadro traduz o que somos: esse colorido jeito de “ter e ser” o que quisermos ‘pra’ revelar os mais belos sentimentos. E lembrar que um retalho não é somente sobra de tecido, é algo que pode ser bem valioso, basta ter a vontade de querer transformá-lo. Quando lembramos daqueles que muitas vezes são excluídos na sociedade, pela falta de respeito à diversidade humana, independente da classe social, da cor da pele, da preferência sexual, de ser um portador de necessidade especial, de ser nordestino, da religião que pertence”, disse Alice Écila.

A segunda Eletiva é sobre Sustentabilidade: “Em Tempos de Pandemia, Se Cultiva Horta Para Colher Aromas e Sabores – Janela Verde”.  A eletiva foi conduzida pelas professoras Ana Rosa Assunção e Deuzelina Meireles, e surgiu durante a pandemia, quando o gestor geral Wilson Chagas decidiu cultivar hortaliças para manter a escola viva.

“Nesse momento, tivemos a ideia de uma dinâmica, onde cada professor e cada professora preparou a terra e plantou uma muda de alface e, a partir de então, teria de internalizar o sentido de cuidar, percebendo essa alface como a um aluno ou aluna, que precisa de cuidado e atenção, e acompanhar seu crescimento – que nesse caso, seria à distância, mas que teria o pensamento, a energia, a água, o sol, a palavra proporcionando seu crescimento tanto pessoal quanto acadêmico”, explicou Wilson.

“A nossa principal proposta era que, nesse momento de pandemia, nós não perdêssemos essa conexão dos nossos alunos e funcionários com a escola. Mas que através dessa eletiva, nós tivéssemos um benefício, tanto físico quanto mental, porque ao lidar com o solo ele te energiza, além dos benefícios das hortaliças que trazem um benefício enorme para o sistema imunológico”, comentou Deuzelina Meireles. 

Hoje foi feita a terceira colheita do projeto: rúcula, couve, alface, coentro, cebolinha que foram distribuídos para professores e estudantes da eletiva. Mais que hortaliças, o projeto colhe frutos de consciência sobre sustentabilidade.

“Foi muito importante participar desse projeto, porque me ajudou a ter mais consciência sobre a importância de cultivar as nossas hortaliças e ter alimentos mais saudáveis”, disse a estudante Isabela Santos.

“Hoje eu tenho outro olhar sobre o cultivo de hortaliça e para a alimentação. Teve muito amor envolvido, desde o preparo do solo até esse momento da colheita”, disse a estudante Darlene Mota.

“O Centro de Ensino Maria José Aragão é uma das 50 escolas escolhidas como piloto para a implantação do Novo Ensino Médio, da nova BNCC [Base Nacional Comum Curricular]. Entre as novidades que o novo ensino médio traz, está a inserção de Disciplinas Eletivas. A escola se antecipou e desenvolveu esses projetos tão bonitos. Nós estamos diante de professores e estudantes que estão se dedicando muito, que estão transformando vidas, mesmo na dificuldade da pandemia. Essa é a Escola Digna do Governo Flávio Dino, essa é a nova esperança da educação que fazemos aqui no Maranhão”, destacou o secretário Felipe Camarão.