Giro de Noticias

Profissionais da saúde seguem na linha de frente no combate contra a Covid-19

O papel dos profissionais de saúde na recuperação dos pacientes com a Covid-19 ganha ainda mais destaque a cada alta médica. A técnica de enfermagem Egle Maia, 54 anos, conta que em unidades como o Hospital Carlos Macieira (HCM) e o Hospital de Campanha de São Luís, a cada alta médica, os profissionais renovam o fôlego para dar continuidade ao trabalho. Apesar da redução na busca por atendimento hospitalar, os profissionais de saúde seguem na linha de frente do combate ao novo coronavírus. 

Considerados heróis, principalmente durante a pandemia, muitos dos profissionais deixaram seus lares para cuidar do próximo. Por trás de cada máscara, a história de uma escolha de vida que transforma a vida de outras pessoas. Egle Maia conta que foi através da sua mãe, inspiração para a sua escolha, que tudo começou.

“Minha mãe era técnica de enfermagem e foi uma das primeiras profissionais de saúde a trabalhar na ambulância do 192, eu cresci vendo ela cuidar das pessoas. Ela foi uma das minhas maiores incentivadoras a escolher essa profissão para a minha vida. Aqui estou há 10 anos atuando na área da saúde e hoje enfrentando uma pandemia”, disse.

A técnica de enfermagem fala ainda o que mudou com a chegada da Covid-19 ao estado. “Depois da pandemia, eu posso dizer que o que mais aumentou em mim foi o desejo de cuidar e ajudar ao próximo. Eu sou cristã e Jesus disse: Amai-vos uns aos outros assim como Eu vos amei. Então aumentou mais o meu instinto de proteção e a vontade de querer cuidar das pessoas”, destaca. 

Egle Maia conta que, com a chegada da pandemia, o aumento da carga de trabalho foi inevitável, mas afirma que o carinho e os laços de afeto construídos com os pacientes fazem com que todo o trabalho valha a pena. 

“Antes mesmo de finalizar o meu plantão, as pessoas já perguntam quando eu estarei de volta. Só de pensar que eles já estão sentindo a minha falta é uma satisfação imensa para mim. Não tem mérito maior que esse, ser reconhecida. Por isso, eu faço com amor, com prazer e com cuidado, pois sabemos que a vida é só uma e nós temos que zelar e cuidar dela”, ressalta. Ela diz ainda que, como a Covid-19 é uma doença que afasta o paciente compulsoriamente da família, eles acabam se sentindo muito sozinhos e por isso os profissionais da saúde além de cuidar, também acabam exercendo esse papel de família. 

Segundo a profissional de saúde, o momento mais emocionante sempre será a hora em que o paciente recebe a alta médica e tem a certeza que venceu o novo coronavírus.  “É um enorme sentimento de satisfação, acompanhar toda a luta de um paciente e poder presenciar o seu momento de vitória. Eu me emociono muito nesse momento, porque nós sabemos o quanto é difícil esse momento da internação, é uma dor que só quem está lá dentro sente, por isso a imensa felicidade na hora da ida para casa ao encontro da família”, lembra a técnica de enfermagem, já emocionada. 

Egle Maia detalha os sentimentos diante de cada alta médica: “felicidade, gratidão, força e coragem, a cada saída um sentimento de vitória, de que vencemos mais uma luta. A cada paciente de alta eu também me considero uma vencedora”.