TV Assembleia estreia série documental “Nações Indígenas” nesta quarta-feira

Uma viagem pelas tradições e rituais seculares, histórias e vivências dos povos descendentes dos primeiros habitantes do Maranhão é o foco da série documental “Nações Indígenas”, produção especial da TV Assembleia que estreia nesta quarta-feira (21), às 20h. O primeiro episódio destaca o povo Canela Apanyekrá, da terra indígena Porquinhos, que tem em maior prevalência nos municípios de Barra do Corda e Fernando Falcão.

Com idealização e direção geral do jornalista Edwin Jinkings, diretor de Comunicação da Assembleia Legislativa, o documentário perpassa pela trajetória dos povos, seus costumes e mostra, também, como vivem na atualidade.

“Mais uma exímia produção da TV Assembleia, que visitou aldeias, ouviu indígenas e conversou com estudiosos da Antropologia. O resultado é um dos registros documentais mais completos já feitos sobre esses povos historicamente tão importantes para o Maranhão. Um trabalho que deve ser visto por todos”, declarou Jinkings.

Além das vivências do povo Canela Apanyekrá, a série abrange as nações Krikati, Gavião, Krenyê, Kaapor, Gamela e Guajajara. O próximo episódio da série vai ao ar no mês de janeiro, também pela TV Assembleia (canal aberto digital 9.2; Maxx TV, canal 17; e Sky, canal 309).

Olhar revelador

Com entrevistas da jornalista Elda Borges, imagens de Rubenilson Lima e roteiro da jornalista Márcia Carvalho, o primeiro episódio do documentário resgata uma triste e emocionante história vivida pelos Canela. A Aldeia Porquinhos é remanescente da Aldeia Chinela que, em 1913, teve 150 indígenas assassinados, entre homens, mulheres e crianças. As ordens teriam partido de um fazendeiro.

O documentário exibe imagens de tirar o fôlego, lançando um olhar revelador sobre a rotina dos indígenas no Maranhão, e apresenta esclarecedora entrevista com o antropólogo Adalberto Rizzo, que tem trabalho reconhecido na área.

Também narra detalhes de rituais seculares que sobrevivem até hoje na cultura desse povo, além de abordar temas polêmicos, como os conflitos de terra vividos na atualidade entre os indígenas e fazendeiros.

Ao exibir diálogos dos indígenas, a produção destaca que os Canelas falam a língua da família ‘Jê do tronco Macro Jê’. Remanescentes dos Timbiras Orientais, são formados por subgrupos, os Ramkokamekrá, os Apaynekrá e os Quenkatejês, considerados extintos.

O documentário tem ainda produção assinada pelas jornalistas Elda Borges e Marise Farias; narração de Rosalvo Júnior, imagens de Dney Justino, montagem e finalização de Leoti.