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Tabagismo é o terceiro maior fator de risco de vida no Brasil

O consumo de tabaco causa, anualmente, 8 milhões de mortes no mundo, sendo que 1 milhão delas ocorrem nas Américas. Essa é a principal causa de morte evitável no mundo. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS), que em 1987, criou o Dia Mundial sem Tabaco, comemorado neste dia 31 de maio. A data busca alertar sobre as doenças e mortes relacionadas ao tabagismo e é um convite para o início de uma nova vida sem tabaco.

Ainda segundo a OMS, no Brasil, 443 pessoas morrem por dia por causa do fumo. Por ano, são 161.853 mortes anuais. O tabagismo é o terceiro fator de risco para anos de vida perdidos ajustados por incapacidade.  As doenças mais comuns associadas ao tabagismo incluem câncer de pulmão, doenças cardíacas, acidentes vasculares cerebrais (AVCs), doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e outras condições respiratórias. Além das mortes diretamente relacionadas ao tabagismo, também é importante considerar o impacto do tabagismo passivo, que pode contribuir para um número adicional de mortes e doenças.

“Um paciente tabagista quando é acometido pela DPOC, como o enfisema, tem normalmente uma consequência muito grave, tanto na vida laboral, de atividades de vida diária, quanto também social. O paciente pode ficar dependente de oxigênio, fica recluso porque não consegue fazer as várias atividades, às vezes atividades mínimas de esforço, como pentear os cabelos e tomar banho; qualquer infecção respiratória, pode levar a exacerbação do quadro e acabar numa UTI” dependendo de aparelhos para respirar, explica a professora de fisioterapia da Wyden e especialista em fisioterapia cardiorrespiratória e fisioterapia intensiva, Cristie Araújo.

De acordo com a fisioterapeuta a DPOC não surge rapidamente, mas é importante largar o tabagismo o quanto antes.  “Temos que tentar prevenir o uso do tabaco o mais cedo possível pois as sequelas do uso contínuo do cigarro são irreversíveis, principalmente após várias décadas fumando. O pulmão vai sofrendo uma destruição do seu tecido devido a fumaça, a fuligem, as substâncias tóxicas, e assim, o paciente acaba perdendo sua capacidade respiratória” ressalta.

Cristie completa que a fisioterapia respiratória tem sua importância, mas se não houver alteração nos hábitos muitas vezes não consegue recuperar a capacidade total de respiração do paciente. “Fazer a fisioterapia ajuda a melhorar a troca gasosa e fortalecer os músculos da respiração. Esse é um paciente que pode acumular muita secreção, pela própria inflamação dentro do pulmão e a fisioterapia respiratória ajuda a expectorar essa secreção e assim o paciente respira melhor”, destaca a fisioterapeuta.