Sombra, tosa e água fresca: a combinação perfeita para os dias de verão do seu pet

Quem não gosta de tomar aquele solzinho, aproveitar uma boa praia e curtir os dias de verão? A época mais quente do ano chegou. Mas antes de explorar o que esse período pode oferecer, é preciso ficar atento aos cuidados. Para os papais e mamães de pet a atenção deve ser redobrada. 

Um sol para cada cabeça. As altas temperaturas já mostraram que vieram com tudo. Aqui no Maranhão, os termômetros apontam que a média diária está acima de 32 °C, tendo duração entre os meses de agosto e dezembro. 

As doenças de pele nos pets podem surgir em qualquer época e são causadas por diversos motivos. O que ocorre no verão, é o aparecimento de algumas dermatites com maior frequência, especialmente em animais de pelo médio ou longo. 

Não é só isso, alguns sinais clínicos podem ser notados caso o seu amiguinho apresente excesso de calor, é o que aponta a veterinária do Pet Mania Rayule Cristina, especialista em dermatologia:

“Respiração ofegante, salivação excessiva, muita sede, fraqueza, vômito, diarreia, desorientação. Outros sinais podem ser o aumento da frequência respiratória e cardíaca. Os cães idosos e os braquicefálicos (de focinho “achatado” como Pug, Shih Tzu, Bulldog, dentre outros) precisam de atenção especial, pois acabam sofrendo muito mais nesse período”. 

Então como amenizar o problema durante o período quente? 

Os cuidados com a tosa, por exemplo, devem estar em dia, não só no verão, mas, sobretudo, por conta dos fungos e bactérias que podem se alojar no animal por falta da higiene adequada. 

Por isso, identificar se o seu pet se encaixa entre as raças que precisam de uma atenção maior e qual tipo de tosa é a mais indicada, além de ajudá-lo a passar por esse período mais tranquilo, também é um ato de amor. Com a ajuda da veterinária Rayule Cristina destacamos algumas opções de tosa que podem ser feitas durante o período de altas temperaturas:

Tosa Bebê

Esse tipo de tosa é recomendada para cães de pelagem longa, como o Shih Tzu, Yorkshire, Lhasa Apso e Maltês. É assim chamada por deixar o pelo baixo.

“Com o calor, esse tipo de tosa é a que mais favorece essas raças, porque mesmo após a tosa, ainda existe a pelagem necessária para proteger e evitar o contato direto com o sol”, destaca a veterinária do Pet Mania.

Tosa de Máquina

Nesse caso, é feita através da máquina, o que pode variar dependendo do tamanho do pelo e do tipo de lâmina que pode ser usada para cada tosa. Vale lembrar que existe uma máquina específica para isso, nada de fazer com as usadas nos cabelos humanos. 

“Não é indicado fazer a raspagem completa, já que o pelo do nosso cãozinho, assim como o nosso, funciona como camada de proteção”, destaca Rayule. 

Tosa Tesoura

Como o próprio nome sugere, apenas a tesoura é usada. É um pouco mais demorada por exigir uma maior cautela, mas o resultado é lindo. 

“Se o seu pet faz parte das raças que não tem excesso de pelo e que necessita somente de reparos rápidos, esse tipo de tosa é a mais indicada”, pontua a veterinária. 

Emanuella Fróes é tutora do Petit, um shih-poo (cruzamento entre um poodle e um Shih Tzu) de apenas 4 anos, e os cuidados por lá são redobrados.

“Quando o Petit tinha dois anos, descobrimos um problema de pele nele. Foi aí que a atenção passou a ser maior. Nós já tínhamos uma rotina de cuidado por conta disso, e no período do verão ficamos ainda mais atentos. A tosa é feita regularmente, e sempre temos o cuidado de secá-lo bem após qualquer atividade com água, justamente para evitar coceiras como a de dois anos atrás”, destaca a tutora. 

Uma dica é ficar atento aos outros cuidados que a época exige, como por exemplo: 

Hidratação – a reposição do líquido perdido é obrigatório. Ofereça mais água ou espalhe mais potes pela casa para que ele tenha acesso. 

Banhos refrescantes – se o seu pet é daqueles que amam tomar banho, deixe-o um pouco mais em locais em que ele pode se refrescar. “Mas, lembre-se! O excesso de água pode provocar alergias em animais domésticos, além das dermatopatias. Isso pode acontecer quando o animal se molha e não higieniza e seca o pelo de forma errada e o pelo úmido é propício para a formação de fungos e bactérias”, pondera a veterinária. 

Passeios na sombra – nada de expor o seu amigo de quatro patas no sol “quente”. Se for passear, leve-o em horários com menos exposição. 

O mais importante! Visite regularmente o médico veterinário. Consultas periódicas podem facilitar o diagnóstico, prevenir e ajudar na saúde do seu amigo.