Sessão de cinema com pipoca acolhe famílias e melhora rotina de crianças internadas em hospital de São Luís
É a primeira vez que Mayane Andrade, de apenas 5 anos, precisa ficar internada. A pequenina foi diagnosticada com pneumonia e precisa de, pelo menos, uma semana no hospital. Os exames mostram que o corpo está se recuperando bem e que a infecção está quase controlada. O desafio, tanto para Mayane quanto para a família, é vencer as longas horas no leito. “Se para a gente, que é adulto, é ruim ficar só deitado, imagina para ela”, avalia a dona de casa Tayane da Costa Andrade, mãe de Mayane. A boa notícia é que, na última semana, a programação do hospital ficou um pouco diferente: a paciente e a família participaram de uma sessão de cinema, com direito até a pipoca.
A ação, batizada de “CinePipoca”, faz parte do projeto “Apaixonados pela Vida”, desenvolvido pela Hapvida NotreDame Intermédica com o objetivo de promover acolhimento e cuidado entre pacientes e familiares. “O momento de uma internação hospitalar traz muito desgaste e é uma fonte de preocupação e de angústia, tanto para o paciente quanto para a família. Com ações como essas, conseguimos humanizar ainda mais o atendimento e minimizar o sofrimento nesse período”, explica Kesia Batista, assistente social do Hospital Guarás, onde Mayane está internada.
Para Kesia, o momento descontraído pode inclusive exercer influência positiva sobre a recuperação dos pacientes. “Eles ficam mais animados, e é um momento de interação diferente entre a equipe do hospital e a família”, avalia.
SESSÃO
Como forma de reforçar a campanha do Setembro Amarelo, que alerta para os cuidados com a saúde mental, o filme escolhido para a sessão de cinema foi “Divertida Mente”, animação da Pixar que, a partir da perspectiva de uma menina de 11 anos, fala sobre como reconhecer e lidar com as emoções. A sessão, feita de forma individual nos quartos da internação do Hospital Guarás, contou ainda com distribuição de baldes de pipoca e suco.
Para Emilly Beatriz de Melo Rodrigues, 15, a experiência ajudou a minimizar os incômodos naturais da internação. “A rotina de hospital é muito repetitiva. Acorda, troca o soro, toma medicamentos. É um ciclo, tudo sempre igual. Então, uma mudança como essa, é muito bem vinda”, comemora.
Eliciane Ferreira, tia e acompanhante de Emilly, também destacou a importância do momento. “Como acompanhante, a gente pelo menos consegue ir um pouco lá fora, alternar com outro membro da família. Mas quem está internado precisa ficar o dia inteiro no hospital. O momento do filme ajuda a melhorar. É claro que sozinho não vai resolver o problema, mas distrai e ajuda a melhorar o humor de quem está nessa situação”, garante.