Servidores da Secretaria de Juventude realizam roda de conversa sobre racismo institucional

“Olhar para a diversidade” esse foi o tema da roda de conversa realizada pelos servidores da Secretaria de Estado da Juventude (Seejuv) na última quinta-feira (11) sobre a temática do racismo institucional. A atividade também ocorreu em outros órgãos do Governo do Estado e compõe as atividades da Campanha de Combate ao Racismo Institucional – Juventude Viva.

O momento teve a metodologia do espelho e da escuta, que apresentou o perfil racial dos servidores da secretaria e debateu sobre as questões raciais no âmbito institucional. Os dados mostram que 64,29% dos servidores da Seejuv, que responderam um senso simplificado, se autodeclaram negros e destes 55% estão em cargos de chefia ou de liderança. Estes dados colocam a Secretaria da Juventude como um dos órgãos estaduais com mais negros entre os servidores.

“A Seejuv realizou uma importante oficina de combate ao racismo institucional, trazendo ao debate questões importantes sobre os negros dentro dos espaços de poder, seus desafios em estarem à frente desses espaços, hoje eu lidero uma equipe que em sua maioria é de pessoas negras dentro do Governo do Estado representando quase 65% das pessoas que compõe a equipe, isso tem muita representatividade e também tem tudo haver com a nossa militância e colaboração com esse processo”, enfatizou a secretária de Estado da Juventude, Tatiana Pereira.

Diálogo sobre a construção histórica do racismo e como está enraizado na estrutura da sociedade brasileira, construção de políticas afirmativas e empoderamento negro foram os destaques do bate-papo sobre o racismo institucional, mediado por Débora Melo e Juliana Costa, servidoras da Seejuv e que fazem parte de movimentos negros e de combate ao racismo destacando o papel social de cada pessoa, de cada servidor, no combate ao racismo e na mudança estrutural da sociedade no destaque à equidade racial.

“A gente buscou trazer para dentro das secretarias que os servidores repensem a forma como a gente constitui as nossas próprias relações dentro do nosso espaço de trabalho. A forma como nós vemos as pessoas negras nos nossos trabalhos, a forma como nós tratamos essas pessoas, para que a gente pense de forma crítica que tipo de cargos essas pessoas negras estão ocupando e se questionar de forma pessoal, que pode gerar um debate coletivo, sobre que tipo de sociedade nós temos construído para pessoas pretas e que oportunidades pessoas pretas têm acessado”, destacou a servidora Débora Melo.