Serviço de teleatendimento da Prefeitura de São Luís em parceria com HU-UFMA contabiliza cerca de mil atendimentos desde que foi criado

A Prefeitura de São Luís tem dado prioridade a assistência e atendimento eficazes a pacientes com sintomas do novo coronavírus (covid-19). Com o aumento no registro de casos positivos na capital maranhense, a Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), em parceria com a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), via Hospital Universitário Presidente Dutra (HU-UFMA), disponibilizou o serviço de teleatendimento que presta orientações, por telefone, as pessoas com indicativos do vírus. O serviço, que começou a funcionar no fim de abril, já realizou cerca de mil atendimentos e é um reforço às ações que vêm sendo colocadas em prática pela gestão do prefeito Edivaldo Holanda Junior neste momento de pandemia.

Durante a conversa por telefone, a equipe analisa sinais e sintomas, além de realizar consultas, e, caso necessário, encaminha os pacientes aos serviços de referência. O serviço tem como objetivo auxiliar no tratamento de pessoas que estejam com sintomas leves e orientá-las a permanecer em casa com as devidas recomendações. Disponível de segunda à sexta-feira, das 8h às 18h, o usuário que deseja utilizar o serviço deve inicialmente entrar em contato exclusivamente via WhatsApp pelo número (98) 98882-8452 e logo em seguida receberá as orientações para o atendimento.

Até o início desta semana, foram registrados cerca de mil atendimentos a pacientes com sintomas da síndrome gripal, com faixa etária entre 30 a 80 anos, sendo a maioria dos atendimentos concentrados entre pessoas com idade entre 30 a 34 anos. Dentre os atendimentos, a maioria são direcionados às mulheres.

Para o secretário municipal de Saúde, Lula Fylho, o serviço tem como propósito, oportunizar que as pessoas possam ser atendidas sem necessidade de deslocamento. “Este era um dos nossos maiores objetivos. O serviço de teleatendimento possibilita isso e o atendimento atencioso dos estudantes e médicos ajuda a tranquilizar os pacientes, além de definirem uma conduta rápida”, explicou.

ORIENTAÇÕES

De acordo com o médico Giovanne Oliveira, anestesiologista do Hospital Universitário e  que está coordenando o serviço de teleatendimento, a maioria dos casos são leves e os pacientes podem ser mantidos em casa. Somente em casos graves, em que o paciente apresenta sintomas como falta de ar, muita tosse seca e/ou febre alta é que estes são direcionados aos hospitais de referência.

“O teleatendimento tem se mostrado muito eficaz no tratamento da síndrome gripal. Com ele, conseguimos evitar que as pessoas vão desnecessariamente a hospitais. Existe o medo e os riscos de contaminação, assim, com o serviço passamos todas as recomendações. Orientamos sobre as medidas de isolamento para proteger outras pessoas que estejam no mesmo ambiente. Além disso, orientamos sobre quais medicamentos tomar, como proceder, a ingerir bastante líquidos, passamos todas as orientações gerais”, explicou o médico.

Diariamente, 11 profissionais, dentre eles médicos do hospital e médicos internos do último ano atendem cerca de 150 a 200 pacientes que entram em contato com o teleatendimento. Estes profissionais fazem o atendimento prévio e também o acompanhamento da evolução da doença.

Ainda de acordo com o médico Giovanne Oliveira, cerca de 80% a 90% das pessoas infectadas podem se cuidar em casa. “Tivemos excelentes resultados desde que o serviço foi disponibilizado, de cerca de 1000 pacientes atendidos, somente 8% dessas pessoas precisaram ser hospitalizadas”, finalizou.