Saudade em meio à pandemia: Neste sábado (30) comemora-se o Dia da Saudade
A Saudade, em tempo de pandemia, tem gerado sensações diferentes em todos nós. É o sentimento da falta de alguém que não está mais presente, o luto por causa do coronavírus, pode ser a saudade da rotina de antes, dos encontros calorosos cheios de beijos e abraços, quando não existia o distanciamento social. Não faltam motivos para sentir saudade de alguém, de um lugar, de um tempo que ficou no passado. Neste sábado (30), celebra-se o Dia da Saudade, uma palavra de difícil tradução para outras línguas e que, dependendo do contexto, pode fazer bem ou mal.
Segundo a psicóloga do Hapvida Saúde, Celiane Lopes, a saudade está associada a uma falta e comumente se mistura nas sensações de alegria, tristeza ou perda.
“Em nossas experiências, tentamos focar no que é positivo à nossa saúde por nos fazer bem. Guardamos com carinho lembranças de momentos que foram importantes em nossas vidas e que temos o desejo de resgatar de algum modo, independente do alcance da situação”, explica.
De acordo com a especialista, as relações têm um forte peso no comportamento humano. Ao cultivar com carinho o afeto por outras pessoas, criam-se momentos e sensações únicas. “Quando esse elo é rompido, seja por distância ou até mesmo pela morte, queremos resgatá-lo para vivermos outra vez esses momentos de ternura e alegria”, detalha Lopes.
Como qualquer outra sensação, a saudade pode ser algo benéfico ou não, dependendo do nível. “O apego excessivo ao passado pode gerar marcas em nossa vida e se não for cuidado, pode ter consequências graves”, alerta a psicóloga.
Pelo fato de buscar constantemente as coisas que lhe traziam bem-estar, o indivíduo facilmente entra em estado de angústia. “Isso se deve ao fato da busca incessante causar desconforto devido à dificuldade em reviver tal experiência. A distância entre ele e o que busca o deixa em estado de afogamento sentimental, o que merece um cuidado”.
Mas qual é a melhor forma de evitar grandes sofrimentos por saudades? “Estar mais presente no dia de hoje. Viver mais consciente do presente. Aprenda a saborear mais o que tem valor no seu dia a dia. No futuro, com certeza, a saudade será então mais uma doce lembrança do que uma dor”, conclui a psicóloga.