Projeto financiado pelo FIDA ajudará a preservar a Floresta Amazônica no Estado do Maranhão
O Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA) das Nações Unidas e o Governo do Estado do Maranhão assinaram hoje um acordo de financiamento para a implementação do Projeto Amazônia de Gestão Sustentável (PAGES). Implementado no Estado do Maranhão, o projeto abordará a preocupante degradação ambiental da Floresta Amazônica.
O custo total do PAGES é de US$ 37 milhões. O FIDA contribuirá com uma doação de US$ 17 milhões do Governo da Alemanha por meio do Programa de Adaptação Aprimorada para Agricultura de Pequenos Produtores (ASAP+), e o Governo do Maranhão com US$ 16 milhões.
O programa tem foco na Amazônia brasileira e beneficiará cerca de 80 mil habitantes da área rural do Maranhão. Deste total, 50% serão mulheres e 25% jovens, e 15% serão de integrantes de comunidades indígenas e ou tradicionais, como quilombolas e quebradeiras de coco babaçu.
O Programa busca fornecer aos pequenos agricultores e comunidades tradicionais ferramentas que lhes permitam melhorar sua situação socioeconômica sem ter de recorrer ao esgotamento dos recursos naturais.
O PAGES será a primeira intervenção de desenvolvimento rural financiada pelo FIDA no Brasil para além do semiárido nordestino, mas se beneficiará da ampla experiência do Fundo nessa região, onde promove investimentos em infraestrutura de pequena escala para facilitar o acesso das populações rurais à água e em desenvolvimento de empreendimentos agroflorestais.
A área de atuação do projeto inclui três regiões do Maranhão: Amazonas, Gurupí e Pindaré, além das terras indígenas de Arariboia. No total, ele abrange uma área de 58.755 km², que se estende por 37 municípios e aproximadamente 72% da Floresta Amazônica do estado, uma região sob constante ameaça de desmatamento e degradação por extração ilegal de madeira e desmatamento para agricultura de larga escala.
Por meio da intervenção, o projeto reduzirá as emissões de gases de efeito estufa em aproximadamente 6 milhões de toneladas de CO2 equivalente.
A Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SAF) será a entidade executora do projeto, em parceria estratégica com o Instituto de Colonização e Terras do Maranhão (ITERMA) e a Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (AGERP).