Profissionais debatem Técnicas de acolhimento no processo socioeducativo

Uma tarde de muito aprendizado, assim foi a oficina da socioeducação, realizada pela Escola de Socioeducação do Maranhão (ESMA), da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac). A atividade trouxe como tema “Técnicas de acolhimento no processo socioeducativo” e foi conduzida pela assistente social e especialista em Políticas Públicas e gestão da Política de Assistência Social, Tatianne de Fátima Carvalho.

No formato online e transmitida pela plataforma do Youtube, no Canal da Socioeducação, o evento contou com a participação de técnicos do sistema socioeducativo meio fechado/aberto, recepcionistas, vigias, administrativos e sistema de justiça de vários Estados como Maranhão, Bahia, Pernambuco e Espírito Santo.

Para trabalhar a temática, a palestrante Tatianne usou como metodologia um exercício com o termo acolher, ocasião em que levou os profissionais a fazerem uma reflexão do que significa a palavra e qual a relação dela com o atendimento socioeducativo.  “A acolhida é uma das dimensões do trabalho social desenvolvido pelas equipes de referência que executam as medidas socioeducativas. Deve ser compreendida em duas perspectivas: como acolhida inicial do técnico com o adolescente e como postura permanente ao longo do acompanhamento”, afirma.

“O contato inicial do técnico com o adolescente e sua família pressupõe um ambiente favorável ao diálogo que propicie a identificação de vulnerabilidades, necessidades e interesses, contribuindo, assim, para o estabelecimento de vínculos de confiança e para a criação das bases da construção do Plano Individual de Atendimento (PIA)”, complementa Tatianne.

Para a pedagoga da ESMA, Doralice Mendonça, a importância do acolhimento no processo socioeducativo é imprescindível para criar vínculo, afeto e haja um engajamento maior no processo da medida socioeducativa. “É preciso que o adolescente seja acolhido com dignidade por toda a comunidade socioeducativa. Pequenos gestos como chamar pelo nome, valorizar o que está sendo dito contribui para que o adolescente se sinta importante, se comprometa com a medida e sinta prazer em participar das atividades. Na educação é muito importante o afeto e, na socioeducação, não é diferente, o adolescente precisa criar esse vínculo com as pessoas que estão trabalhando com ele”, declara.

De acordo com a pedagoga Lediane Irineu é necessário pensar como será essa acolhida. “No momento da acolhida devemos manter uma postura empática e de respeito à individualidade e particularidade de cada socioeducando; é preciso estar atento aos anseios que ele venha apresentar”, pontua. 

A servidora Maria da Conceição Coimbra ressalta que é preciso acolher também os familiares. “Acolher as preocupações da família, os sentimentos e sua forma de perceber a situação”, diz.