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Potência da cultura de rua em mais uma edição do Festival Kebrada

O Centro Cultural Vale Maranhão realizará, de 14 a 18 de dezembro, o Festival Kebrada 2021. O evento leva para o espaço do CCVM as linguagens que compõem o universo da cultura de rua: dança, rima, música eletrônica e grafitti.

Com curadoria de MC Alcino, da produtora Glauciane Pires, do grafiteiro, skatista, produtor e diretor de vídeo Jonas Pires e do grafiteiro e artista visual Edi Bruzaca, o Kebrada chega à quarta edição de forma híbrida: com shows, oficinas e batalhas de dança e rima presenciais e um curso online gratuito de música eletrônica.

Neste ano, foram selecionados dez shows e cinco DJs maranhenses por meio de chamada pública, uma maneira de diversificar a programação e dar espaço a novos talentos da cena hip hop do estado. “O Festival Kebrada é uma das iniciativas mais importantes para o CCVM e para a inserção da cultura urbana e da periferia maranhense na cena nacional. Cada edição é um aprendizado e um desafio para todos os envolvidos. Garantir a diversidade das vozes é essencial para o festival, é delas que nascem a percepção sobre novas urgências, estilos e estéticas que pautam discussões na sociedade”, afirma Gabriel Gutierrez, diretor e coordenador artístico do Centro Cultural Vale Maranhão.

Assim como nos anos anteriores, o festival contará com uma atração nacional, o rapper BK’. Com um trabalho dedicado às lutas raciais, BK’ apresentará o show O líder em movimento, título do disco lançado em 2020, com letras, beats e elementos visuais diretamente influenciados por líderes negros, como Malcolm X e Martin Luther King. Com 6 anos de carreira e 3 discos lançados, BK’ é um dos principais nomes da nova geração do hip hop. O show encerra a programação do dia 17/12 e haverá distribuição de ingressos a partir das 10h do mesmo dia para acesso do público.

Abrindo o show de BK’, se apresentará MC Alcino, comemorando 30 anos de carreira e recebendo Nattan MC e MC Hades sob o comando das batidas do DJ Juarez para o show MC Alcino 3 Décadas. “São 30 anos de caminhada e ativismo, mas parece que foi ontem que comecei a escrever as minhas primeiras linhas. O hip hop salva vida todos os dias e poder chegar até aqui contribuindo com a cultura de rua é muito gratificante. E comemorar essas 3 décadas participando do Kebrada, um festival que balança as estruturas do hip hop a nível nacional, me enche de orgulho”, comenta MC Alcino.

Para encerrar a programação do Festival no dia 18, os curadores convidaram um dos nomes mais promissores da cena hip hop maranhense: Marco Gabriel. O artista apresentará o repertório do mais recente trabalho, A sociedade do código de barras, com músicas autorais que valorizam a identidade e a autoestima negra.  “Selecionamos propostas que traziam a raiz do hip hop, o que foi um desafio, pois no Maranhão temos muitos talentos. As letras das músicas e produções de videoclipes que passam mensagens positivas foram critérios utilizados, levando a responsabilidade de valorização de identidade e o sentimento de fazer arte como forma de protesto. Nosso objetivo foi mostrar e deixar vivas as formas, as batidas, o vestir, o falar, o dançar, viver o hip-hop”, conta Glauciane Pires.

Premiação em batalhas e um novo mural de grafitti

Compondo a programação do Kebrada desde a primeira edição, as batalhas de dança e rima agitam o público, uma das tradições da cultura de rua. MCs, dançarinos e dançarinas duelam em quatro modalidades – rima, passinho, all style e bboy – por prêmios em dinheiro. Quem comanda o som das batalhas são os DJs Astro, Gabriella Leão, Johnny Jay e Caio Oiak.

E um dos elementos mais característicos da cultura de rua, o grafitti está presente no Kebrada com a renovação do mural do pátio do CCVM. Criado pela primeira vez em 2018, no primeiro ano do festival, a arte é um trabalho coletivo de grafiteiros e grafiteiras do Maranhão escolhidos pela seletiva. Este ano, os responsáveis pelo trabalho serão os artistas Origes, Guto, Urubatan, Luã Campos, Snake, Negônica e Ronald Nagô.

Oficina de penteados com tranças

Estimular o conhecimento e apoiar a profissionalização de iniciantes são objetivos que permeiam o Kebrada desde a criação do festival em 2018. Ao longo dos anos, oficinas de DJ, produção musical, gestão de carreira, além de rodas de conversas com artistas de reconhecimento nacional fizeram parte da programação.

Este ano, o festival terá uma oficina voltada para a beleza, com o universo das tranças afro, símbolo de resistência negra, em destaque. Quem ministrará a oficina é a trancista Teresa Sousa, que trabalhará contexto histórico, evolução das tranças, tipos de penteados e outros conteúdos. As aulas acontecerão nos dias 17 e 18 de dezembro, às 14h, e as inscrições podem ser feitas pelo site do Centro Cultural Vale Maranhão – ccv-ma.org.br.

Confira a programação completa do Festival Kebrada:

Dia 14/11

?       18h – DJ Gabriella Leão

?       18h20 – Show Liu Bani

?       18h40 – Batalha de Passinho

?       20h40 – Show  Luca Truta

Dia 15/11

?       18h – DJ Johnny Jay

?       18h20 – Show Cadete

?       18h40 – Batalha All Style

?       20h40 – Show AKANOTURNO

Dia 16/11

?       18h – DJ Caio Oiak

?       18h20 – Show ORTNEC

?       18h40 – Show Pantera Black

?       19h – Batalha de rima

?       20h40 – Show Wriel Lumi

Dia 17/11

?       Oficina de Tranças Afro, com Teresa Sousa

?       19h – DJ Juarez

?       19h20 – Show MC Alcino – Três décadas, com MC Alcino, Natan MC e Hades

?       20h20 – Show BK’

Dia 18/11

?       Oficina de Tranças Afro, com Teresa Sousa

?       18h – DJ Astro

?       18h20 – Show de Gustavo Mic

?       18h40 – Rayfran

?       19h – Batalha de BBoy

?       20h40 – Show de Marco Gabriel

Serviço

O quê: Festival Kebrada 2021

Quando: 14 a 18 de dezembro de 2021

Local: CCVM – Av. Henrique Leal, 149, Centro, São Luís – MA

Informações: 98 98143 6143 |E-mail: comunicacao@ccv-ma.org.br

Sobre o Centro Cultural Vale Maranhão

O Centro Cultural Vale Maranhão é um espaço cultural mantido pelo Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com o objetivo de contribuir na democratização do acesso à cultura e valorização das mais diversas manifestações e expressões artísticas da região.