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Polícia Civil promove curso sobre violência de gênero a 100 agentes da Segurança no Maranhão

A Polícia Civil do Maranhão (PCMA) encerra, nesta sexta-feira (19), o Curso de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência de Gênero, ministrado, desde segunda-feira (15), pela internet, a 100 agentes de segurança pública, entre policiais civis, militares e bombeiros do Maranhão.   

O curso, com carga horária de 15h, foi organizado e mediado pela Academia de Polícia Civil do Maranhão (ACADEPOL), com as disciplinas Comunicação Não Violenta, Trauma e Violência Contra a Mulher, Direitos Humanos da Mulher, Os Crimes Contra a Mulher em Ambiente Virtual, Constitucionalismo, Democracia e Violência contra a Mulher, Genética e Biologia Molecular no Auxílio da Justiça e Diretrizes para o Atendimento à Mulher em Sede Policial.

O objetivo foi oferecer conhecimento técnico e científico e apresentar novas perspectivas de abordagem do tema violência contra a mulher que é complexo e estrutural na sociedade. Em razão disso, foram traçadas estratégias diferenciadas, com a perspectiva de atendimento e do trabalho em rede, visão intersetorial e transversal entre os organismos que trabalham a questão da Violência de Gênero. 

Foram utilizadas informações da neurociência; de estudos sobre os traumas de vítimas da violência em ambiente doméstico ou familiar, quer seja sexual e de outra natureza; bem como questões de violência contra a mulher em ambiente virtual, que é uma tendência, hoje, ante a vivência constante no meio online.

“Nas aulas, procurou-se dar visibilidade à discriminação, opressão, desigualdade e violência sistemática contra as mulheres que, em sua forma mais extrema, culmina na morte, apresentando o feminicídio como noção do homicídio de gênero”, destacou a coordenadora das Delegacias da Mulher no Maranhão e uma das instrutoras do curso, a delegada Kazumi Tanaka.

Kazumi Tanaka informou que foram abordados temas como perícia e atuação da genética forense, fundamentais para uma investigação eficiente. “Sobretudo em crimes de violência sexual e doméstica, para os quais não costuma haver testemunhas, situação em que os exames e laudos são essenciais para a comprovação do crime”, explicou.

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