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Educação

 Plataforma ajuda vestibulando comparar qualidade de cursos superiores do Maranhão

De maneira rápida e gratuita, vestibulandos do Maranhão podem analisar e comparar a qualidade da grande maioria dos cursos de nível superior oferecidos no Estado. Isso é possível por meio da plataforma SoU_Estudante, desenvolvida pelo Centro de Estudos Sociedade, Universidade e Ciência (SoU_Ciência), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que reúne informações de 139 instituições de ensino superior (IES), públicas e privadas, presentes no Maranhão.

A plataforma é uma ferramenta de busca que apresenta a avaliação oficial dos cursos por modalidade (presencial ou EaD) e natureza da instituição (pública ou privada). O SoU_Estudante registra informações do ensino superior em 126 cidades maranhenses. Ao todo são 139 IES, que oferecem 281 cursos. A maior parte desses números se concentra em São Luís: 95 instituições e 247 cursos.

No caso do EaD, são computados os cursos cujas IES oferecem polos de apoio presencial nas cidades.

Em nível nacional, o SoU_Estudante reúne informações sobre cerca de 7.300 cursos.

“Nossa ideia é que os alunos pré-universitários possam fazer a melhor escolha dentro do seu leque de opções, evitando cursos de baixa qualidade e que geralmente levam à evasão”, afirma Soraya Smaili, professora da Unifesp e coordenadora do SoU_Ciência. Alguns cursos, segundo ela, registram desistência de até 80% dos alunos. “Isso pode representar um enorme prejuízo emocional e financeiro para o estudante e sua família”.

Parâmetros – O SoU_Estudante apresenta de forma amigável as notas, por curso, obtidas pelas IES nas três mais recentes edições do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes. O Enade avalia os cursos de graduação em relação ao que os formandos devem saber para exercer a profissão. Os estudantes pré-universitários também podem conferir e comparar a taxa de permanência/evasão de alunos de cada curso e dados sobre o perfil das IES, como cursos de pós-graduação que oferecem e nível de formação de seus docentes.

As informações são provenientes da base de dados do Enade e do Censo da Educação da Educação Superior, ambos do Ministério da Educação.

A nota do Enade vai de 1 a 5, sendo 5 a máxima. De acordo com a professora Maria Angélica Minhoto, pesquisadora do SoU_Ciência, os alunos devem fugir de cursos que tenham nota inferior a 1,7. Mas, de acordo com ela, não há uma receita, um número fixo que indique uma ‘roubada’. O melhor, afirma, é o estudante comparar a nota do curso que ele quer fazer com as notas dos mesmos cursos existentes no estado ou na cidade onde ele quer estudar.

Em relação às taxas de evasão, nos casos em que o aluno tem que optar por uma faculdade privada, Minhoto recomenda que ele use o SoU_Estudante para fazer comparação com universidades públicas. “As públicas, em geral, retêm mais os alunos”, diz.

Nem todos os cursos de graduação do Brasil passam pelo Enade, mas a maior parte sim, segundo a professora Maria Angélica Minhoto. “Principalmente as carreiras mais conhecidas e mais procuradas; são avaliações trienais e todos os alunos concluintes dos cursos que têm Enade naquele ano são obrigados a fazê-lo.”

As universidades públicas estaduais e municipais não precisam necessariamente participar do exame nacional. Mas o Ministério da Educação exige que todas as instituições privadas e as da rede federal de ensino superior sejam submetidas ao Enade.

O SoU_Estudante contém as edições de 2018, 2019 e 2021, uma vez que em 2020 não houve o exame por causa da pandemia. Essas últimas três edições contaram com 1,17 milhão de alunos.

Sobre o Sou_Ciência: Trata-se de um grupo de pesquisa multidisciplinar, cadastrado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), sediado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e composto por uma equipe de pesquisadores de todos os campi e de outras universidades, com histórico de pesquisa, inovação e gestão em educação superior e ciência, tecnologia e inovação. O Sou_Ciência conta com um Comitê Científico, com representação nacional e internacional. Adota política de ciência aberta e pública, creative commons e transparência de dados em todas as pesquisas.