Pesquisa Covid-19: maioria dos Municípios vacina pessoas entre 50 e 55 anos nesta semana
Cerca de 80% dos Municípios brasileiros já iniciaram a vacinação de pessoas abaixo de 60 anos sem comorbidades. Desses, 40% imunizaram nesta semana a faixa etária entre 50 e 55 anos; 30% pessoas acima de 55; 9% entre 45 e 49 anos; e 6% abaixo dessas faixas etárias. Os dados constam da 13ª edição da pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) com o objetivo de entender a realidade dos gestores locais no combate à pandemia de Covid-19. O levantamento ocorreu entre os dias 14 e 17 de junho, e ouviu 3.591 gestores, representando 64,5% dos Municípios brasileiros.
A pesquisa também traz dado preocupante: 34% dos Municípios apontaram para o aumento no número de casos confirmados de Covid-19 na última semana. Outros 31% afirmaram que o cenário está estável e 17% ter havido diminuição do número. Em relação aos óbitos pela doença, 18% apontaram aumento; 45% estabilidade; e 20% queda. Ao serem analisados os dados por porte de Municípios, observa-se que o maior aumento se deu nos Municípios pequenos e médios (34%). Nas grandes cidades esse percentual ficou em 27%. Medidas restritivas de circulação de pessoas ou atividades econômicas estão sendo adotadas por 66% das prefeituras.
Nesta semana, 562 Municípios (16%) destacaram que ficaram sem vacinas para dar continuidade ao plano de imunização. Desse percentual, 73% afirmaram terem ficado sem vacinas para a primeira dose e 43% sem a segunda, o que indica que algumas localidades ficaram sem nenhuma vacina no estoque. Na edição anterior da pesquisa, realizada entre os dias 7 e 10 de junho, 15% dos Municípios responderam que ficaram sem imunizante.
A Coronavac é ainda o imunizante com mais necessidade para completar o esquema vacinal da população que já recebeu a primeira dose, tendo sido apontada por 90% dos respondentes. Em relação à distribuição da vacina da Pfizer, 74% dos Municípios afirmaram que já receberam esse imunizante. Na edição passada da pesquisa, 51% dos respondentes afirmaram já terem recebido a vacina.
Já em relação ao risco de faltar o “kit intubação” para o tratamento de pacientes em estado grave atinge 606 Municípios, 17% dos respondentes. Nas semanas anteriores, os percentuais foram 24%, 25%, 23% e 16%. Já a falta de oxigênio é uma ameaça em 291 cidades, 8% do total pesquisado.
Obras paralisadas
Nesta semana, a CNM também perguntou sobre a existência de alguma obra paralisada na área de Saúde. Segundo os gestores, isso atinge apenas 9% dos Municípios. Desse total, 69% afirmaram que a obra paralisada é uma Unidade Básica de Saúde; 10% Academia de Saúde; e 8% Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Entre os principais motivos para a paralisação das obras estão problemas com a construtora da obra (35%); falta de envio dos recursos da União (32%); pendências no sistema de monitoramento de obras do governo federal (15%). Ainda de acordo com a pesquisa, a obra que se encontra paralisada seria importante para 74% dos respondentes no enfrentamento da pandemia.