Pagamento por WhatsApp: dicas para usar de forma segura
A tecnologia vem mudando nossos hábitos desde sempre, e vemos que o aumento exponencial do potencial de processamento e tráfego de dados nos últimos anos vem habilitando novos negócios e potencializando os negócios tradicionais.
Como membro da geração X, lembro-me muito bem das vésperas de viagens com minha família. Era uma corrida para pegar talões de cheques e dinheiro diretamente na agência bancária. Afinal de contas, ninguém queria ter que pegar fila no banco durante as férias. Passaram-se anos para a tecnologia ir evoluindo desde os caixas eletrônicos até a chegada das aplicações móveis. E nos últimos anos, as possibilidades multiplicaram-se.
Buscando atingir um público alvo mais abrangente com um maior número de produtos, as Fintechs despontaram e multiplicam-se. Os bancos tradicionais estão se reinventando. Recentemente surgiu o PIX, democratizando ainda mais o acesso a serviços financeiros. E, na última semana, no Brasil, o WhatsApp passou a permitir transações dentro do seu aplicativo, que é um dos apps mais populares no Brasil.
Isso é bom? Sim, é ótimo, num mundo que cada vez exige mais agilidade e velocidade, todas as iniciativas que popularizem quaisquer serviços são bem vindas.
E é seguro? Aqui temos uma questão que, apesar de todos os avanços da tecnologia, demanda uma tratativa tradicional.
É claro que os fraudadores irão se aproveitar dessa nova funcionalidade para atingir um número maior de alvos. Os pagamentos são habitados pelo Facebook Pay, já autorizado pelo Banco Central, e com camadas de segurança como o PIN do Facebook ou biometria. Do ponto de vista técnico, nenhum sistema é invulnerável, mas é bastante razoável assumir que existe um bom nível de tecnologias e processos que garantam a segurança das transações.
Entretanto, salientamos a importância de seguirmos sempre as melhores práticas de uso visando evitar as fraudes.
Não instale nenhum aplicativo não oficial para a execução dessas transações. É sabido que já vem surgindo, e surgirão muitos “clones” do WhatsApp que “facilitam” essas transações.
Da mesma forma, não forneça credenciais de acesso via mensagens por SMS, WhatsApp, outros mensageiros ou e-mail. Os sistemas legítimos sempre têm uma maneira estruturada para que informações de acesso sejam feitas. Procure sempre os aplicativos e sites oficiais das instituições financeiras.
Novidades seguirão surgindo de forma cada vez mais rápida, o que é uma excelente notícia para todos, inclusive pelo fato de popularizar o acesso a serviços financeiros (e muitos mais) e torná-los mais úteis, melhorando a qualidade de vida das pessoas. E nós, profissionais da segurança da informação, temos o dever de disseminar boas práticas para que cada vez mais todos possam usufruir de maneira segura dos benefícios da tecnologia.
* Por Adriano Galbiati – Diretor de Operações da Etek NovaRed Brasil