Nina Rodrigues tem dia de campo sobre uso do molibdênio no feijão-caupi
Agora é a vez do município de Nina Rodrigues receber informações sobre o uso do molibdênio no cultivo de feijão-caupi. Será neste sábado (27), das 9h30 às 12h. O objetivo é apresentar a prática de enriquecimento de sementes com Molibdênio e os ganhos de produtividade obtidos pelo uso dessa prática. O projeto é conduzido em parceria pela Embrapa Cocais, Universidade Estadual do Maranhão (Uema) e Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). Além do município de Nina Rodrigues, o projeto também está sendo conduzido nos municípios de Itapecuru-Mirim/MA e São Luís/MA.
O molibdênio é um micronutriente para plantas e a deficiência de um deles é tão prejudicial à planta quanto à falta de um macronutriente, como nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre. O molibdênio pode ser fornecido aos feijoeiros junto com a adubação de plantio, pelo tratamento das sementes com adubo molíbdico, pela pulverização da folhagem com solução do adubo e pelo uso de sementes ricas em molibdênio.
A Embrapa desenvolveu diversas tecnologias para o cultivo de feijão-caupi, incluindo o lançamento de cultivares. Segundo João Zonta, membro da equipe do projeto, a parceria com a Uema e a Epamig é muito importante por contribuir com tecnologias para a agricultura familiar maranhense. “O feijão-caupi está na agenda da Embrapa no Maranhão. Estamos muito entusiasmados com os resultados já obtidos e esperamos que, em breve, a tecnologia esteja validada e disponibilizada para os agricultores do estado”.
Avaliação da pesquisa – De acordo com Heder Braun, professor da Uema e líder da pesquisa, estudos mostram que a aplicação de molibdênio via foliar promove aumento da produtividade das lavouras de feijão-caupi. “Esse fato se deve à ação do molibdênio na fixação biológica de nitrogênio, melhorando a condição nutricional da planta e, por consequência, a produtividade das plantas. Além da melhoria da produtividade, as plantas adubadas com molibdênio produzem sementes com maior conteúdo de molibdênio, e essas sementes apresentam, em ensaios já conduzidos, potencial para gerar plantas mais produtivas”.
Para Rogério Vieira, pesquisador da Epamig e membro da equipe do projeto, sementes ricas em molibdênio tem potencial de elevar o rendimento do feijão, principalmente quando o solo é deficiente desse micronutriente e não é usada adubação nitrogenada suficiente. “Essa tecnologia já é bastante utilizada em Minas Gerais no cultivo do feijão comum, e os ensaios já realizados no Maranhão indicam enorme potencial para o uso no feijão-caupi”.