Cada vez mais as pessoas têm refletido sobre o que colocam no prato. O debate em relação à alimentação tem sido muito presente na sociedade atual, que passou a repensar seus hábitos de vida desde o início da pandemia da Covid-19. Porém o conceito de reeducação alimentar ainda gera muitas dúvidas, trazendo inseguranças sobre esse processo que nada mais é do que a melhor compreensão do efeito dos alimentos em nosso corpo, modificando comportamentos alimentares com o intuito de controlar ou curar doenças, manter uma boa saúde ou até mesmo emagrecer.

No Dia Mundial da Obesidade (4 de março), a endocrinologista Mônica de Aguiar Medeiros, do

Núcleo de Obesidade e Cirurgia Bariátrica da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, esclarece alguns dos mitos e verdades mais disseminados sobre reeducação

alimentar.

1 – Fazer jejum ajuda a emagrecer

Mito

Não é o fazer jejum, obrigatoriamente, que vai ajudar a emagrecer. O que faz a pessoa emagrecer é consumir menos calorias. A médica Monica Medeiros, endocrinologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, explica que se a pessoa fica um tempo prolongado sem se alimentar, e quando come ingere uma quantidade controlada de caloria, isso pode sim levar a uma perda de peso. Mas se a pessoa faz um jejum prolongado e quando come ingere uma quantidade muito maior de calorias ou alimentos que são mais calóricos, isso não vai levar a uma perda de peso.

2 – O consumo de bebidas alcoólicas atrapalha o emagrecimento

Verdade

A bebida alcoólica é muito calórica e normalmente as pessoas não sabem ou não enxergam toda a caloria que tem dentro dela. “Para exemplificar, uma lata de cerveja equivale a um pão francês, então se a pessoa toma 10 cervejas é como se tivesse comido 10 pães”, esclarece a dra. Monica. E além da caloria própria da bebida alcoólica, quase sempre, as pessoas a consomem acompanhada de alguns petiscos, que normalmente são alimentos mais calóricos também.

3 – Comer antes de dormir engorda

Mito

Não é bem o horário que você come que engorda, mas sim a qualidade da comida e como que ela está equilibrada ao longo do seu dia. “Mas nós não aconselhamos comer muito próximo de dormir, porque pode piorar a qualidade do sono ou estimular refluxo gastresofágico. Aconselhamos evitar, mas não é o comer nesse horário que vai fazer engordar”, afirma.

4 – Beber água é importante dentro de uma dieta saudável

Verdade

O consumo diário de água é sempre muito importante, é fundamental para nossa saúde, funcionamento dos rins e do intestino e acaba ajudando inclusive a controlar um pouco a fome. Pessoas que não bebem muita água, às vezes comem mais por confundir o sentimento da sede com a sensação de fome. Então, é sempre saudável manter um bom consumo de água: em torno de dois litros por dia para uma pessoa adulta.

5 – O ideal é se alimentar sempre de três em três horas

Mito

A frequência e horário da alimentação deve ser individualizada, não é obrigatório comer a cada

3 horas, olhando no relógio. Mas muitas pessoas quando ficam um tempo prolongado em jejum, quando sentam para se alimentar, acabam comendo em excesso ou tendo preferência

por alimentos mais calóricos. “Então para muitas pessoas, comer de maneira fracionada ajuda a fazer escolhas alimentares melhores, mas isso não serve para todo mundo, é algo que tem que

ser individualizado e também não precisa ser obrigatoriamente de três em três horas”, diz a médica do Núcleo da BP.

6 – Existem alimentos que são vilões da dieta

Mito

Não existem alimentos que são vilões da dieta. “Em uma reeducação alimentar, devemos entender que podemos comer de tudo, desde que seja de forma equilibrada. Ninguém engorda por comer um determinado alimento, mas sim porque não soube equilibrar a dieta. Quando um alimento mais calórico está dentro de uma dieta desequilibrada, ele pode contribuir para o ganho de peso, mas não é ele em si o culpado por esse ganho de peso”, finaliza.

Sobre a BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo

Reconhecida pela revista Newsweek como uma das melhores instituições de saúde do mundo, a BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo é um hub de saúde privado que compõe o grupo de 6 instituições de excelência brasileiras reconhecidas pelo Ministério da Saúde e integra o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), realizando projetos de educação, pesquisa, avaliação de tecnologias, gestão e de assistência especializada voltados ao fortalecimento e à qualificação do SUS em todo o País. São mais de 7.000 colaboradores e 4.000 médicos atuando em 3 endereços na cidade de São Paulo, nos bairros de Bela Vista (2 unidades) e Jardim América.

Os serviços da BP são oferecidos por meio de 4 marcas de serviços hospitalares com foco em alta complexidade e que atendem diferentes segmentos de clientes, e 3 marcas que contemplam serviços de medicina diagnóstica, consultas médicas e atendimentos ambulatoriais e educação e pesquisa. São elas: Hospital BP, referência em casos de alta complexidade, pronto-socorro geral e corpo clínico especializado para clientes de planos de saúde e particulares; pelo BP Mirante, hospital que oferece um corpo clínico renomado, pronto atendimento privativo, hotelaria personalizada e cuidado intimista para clientes particulares e de planos de saúde premium; pelo BP Essencial, hospital que tem foco na qualidade assistencial e oferece acomodações compartilhadas para clientes de planos de saúde básicos e particulares; pela BP Medicina Diagnóstica, um completo e atualizado centro de diagnósticos e de terapias, que oferece exames laboratoriais, de imagem, métodos gráficos e de todas as outras especialidades diagnósticas; pelo BP Vital, uma rede de clínicas de diversas especialidades médicas integrada aos demais serviços da BP para cuidar da saúde dos clientes e estimular conversas preventivas sobre a saúde; e pela BP Educação e Pesquisa, tradicional formadora de profissionais de saúde que capacita profissionais por meio de cursos técnicos e de pós-graduação, residência médica, eventos científicos e é responsável por gerenciar mais de 100 estudos e pesquisas na área da saúde com o intuito de contribuir para a evolução da Medicina no País.