Mês da Imunização alerta para a importância da vacinação no combate às doenças

Com muita esperança, o brasileiro já está recebendo as doses da vacina contra a Covid-19 em todo o País. Mas a tão aguardada vacina para combater uma das maiores pandemias da história, que estabeleceu medidas restritivas de segurança e distanciamento social, motivou uma queda na procura pela cobertura vacinal no Brasil, que deve ser considerada relevante, principalmente ao se tratar da possibilidade da volta de doenças já erradicadas no país, como o surto de sarampo.

Segundo o Programa Nacional de Imunização (PNI), apesar do aumento da campanha de imunização, os índices de vacinação ainda não são satisfatórios. Dados do PNI indicam que o Brasil não vem alcançando a taxa ideal de vacinação que varia de 90% a 95%, dependendo do imunizante. Segundo o infectologista e especialista do Laboratório Gaspar, medicina diagnóstica da Dasa, Alberto Chebabo, as vacinas são fundamentais para reduzir a disseminação de doenças infectocontagiosas. “Se não houver uma cobertura vacinal acima de 95% na população, de uma forma geral, não é possível controlar a doença, o que pode contribuir para o retorno de doenças como sarampo”, explica Chebabo.

Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde aponta que muitas famílias estão receosas de ir aos postos de saúde para se vacinar por medo de contaminação pelo novo coronavírus e que a redução na procura pelas vacinas disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) se torna cada vez mais preocupante. Na capital fluminense, por exemplo, até agora apenas 7% da população recebeu a vacina da gripe.

A semana da Imunização, que este ano aconteceu entre os dias 07 e 11 de junho, foi criada para lembrar a necessidade de vacinação. É um alerta para conscientizar a população que a redução da imunização pode gerar novos surtos de doenças infectocontagiosas. Apesar do foco atual ser a vacina contra a Covid-19, o especialista da Dasa ressalta que respeitar o calendário de vacinas para todas as idades é fundamental para o controle de outras doenças, como a poliomielite e difteria. “O calendário vacinal é elaborado de forma a dar proteção para as pessoas a fim de reduzir o risco de disseminação de doenças já controladas. Por isso, é tão importante manter a caderneta de vacinação em dia, com as doses adequadas e recomendadas.