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Judiciário inaugura segundo ponto de inclusão digital em território indígena

Na última quinta-feira, 22, a Corregedoria Geral da Justiça (CGJ/MA), avançou na implementação de mais uma etapa do projeto “Justiça de Todos”. Em parceria com o Comitê de Diversidade do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), a aldeia Juçaral, localizada na Terra Indígena Araribóia, a 35 km do município de Amarante do Maranhão, foi palco dessa inciativa que garante maior proximidade entre os cidadãos e os serviços da Justiça.

Para garantir a execução do projeto, que consiste na instalação de salas com computadores e acesso à internet em localidades que não possuem Fórum, a Corregedoria conta com a parceria de entidades empenhadas em garantir o acesso à justiça para a população. A inauguração do ponto de inclusão na aldeia Juçaral, onde residem povos de etnia Guajajara, além da parceria com prefeitura de Amarante do Maranhão, contou com o apoio do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, que promoveu a instalação de uma antena de recepção de internet na comunidade.

O corregedor-geral da Justiça, desembargador Fróz Sobrinho, esteve presente e ressaltou o objetivo de ampliar políticas direcionadas para esses povos. “O nosso objetivo é justamente que todos os cidadãos, sejam eles indígenas ou não indígenas, tenham acesso à justiça. Todas as 98 salas que instalamos até o momento são, de fato, para todos”, disse.

A juíza coordenadora de gestão estratégica da Corregedoria, Tereza Nina, elencou os benefícios da iniciativa para a população da aldeia e para as comunidades vizinhas. “A partir de agora, esses povos também poderão fazer emissão de título e biometria sem precisar se deslocar até a zona eleitoral, evitando despesas de transporte até o município de Amarante”, comentou.

“Somos indígenas, mas queremos justiça, sem a justiça ninguém pode viver”, foi dessa maneira que o cacique Zezé Guajajara expressou sua gratidão pela instalação do ponto digital na aldeia. A Conselheira da Coordenação das Organizações e Articulações dos Povos Indígenas do Maranhão (COAPIMA), Suluene Guajajara, também contou sobre sua participação no processo de idealização, juntamente ao poder judiciário, da edição do projeto direcionada para a comunidade indígena, relatou também a imediata da aceitação da proposta pelos líderes da comunidade, que receberam a novidade com satisfação.

Ainda durante a cerimônia o corregedor-geral da Justiça foi escolhido pelas lideranças indígenas como “guardião” da floresta e recebeu como presente o Gurduna, um instrumento que simboliza proteção para a comunidade.

Também estiveram presentes, o juiz titular da Comarca de Amarante do Maranhão, Danilo Berttove; o prefeito da Comarca de Amarante do Maranhão, Vanderly Miranda; o presidente do Comitê de Diversidade do Tribunal de Justiça do Maranhão, Marco Adriano; a ouvidora dos povos indígenas do Comitê de Diversidade do TJMA, Adriana Chaves; a integrante do Comitê de Diversidade do TJMA, Elaile Silva Carvalho; e o coordenador regional da Comissão de Caciques e Lideranças da Terra Indígena Araribóia (CCOCALITIA), Frederico Guajajara. Além disso, o juiz titular da 4ª Vara de Balsas, Douglas da Guia; e a juíza auxiliar da Corregedoria, Ticiany Palácio; e o prefeito de Grajaú, Mercial Arruda, também marcaram presença.