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Estudantes do SESI Imperatriz encontram dois asteroides para Nasa com imagens de telescópio no Havaí

 Asteroides são pequenos corpos celestes que, assim como os planetas, orbitam em torno do sol. Identificar um desses corpos não é uma tarefa tão simples quanto parece, é que além de serem muito pequenos, são inúmeras as imagens capturadas pelos telescópios a serem analisadas. Os alunos do  2º ano do ensino médio da escola SESI Imperatriz, Emmily Mendes (15) e Tarcio Sá (16), com auxílio dos professores, passaram dias e horas em frente ao computador na missão de encontrá-los.

Foram três semanas de buscas em sete pacotes analisados diariamente pelos estudantes. Emmily que até então não tinha interesse pela astronomia foi a primeira a localizar um dos ateroides. Já Tárcio revela que sempre teve afinidade pela área, já chegou inclusive a comemorar aniversário com tema de astronauta e ainda hoje tem elementos decorativos no quarto.

 “Já estudei em outras escolas e nunca participei de iniciativas como essas, que de fato contribui muito para o aprendizado e formação. Nunca tive esse olhar pela ciência e astronomia, conhecer um pouco desse universo me deixou encantada”, revela Emmily.

Foi na escola que os jovens estudantes receberam as primeiras orientações e despertaram o interesse em participar do Programa Caça Asteroides, desenvolvido pela NASA em parceria com Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações, do Governo Federal (MCTI). Brasileiros de todas as idades e com todos os níveis de escolaridade são o público alvo dessa jornada de astrônomos amadores. Todos os inscritos têm acesso a treinamento para aprender a identificar os corpos celestes antes de botar a mão na massa.

“É um exercício de paciência, tem que ter o olhar treinado e muito bom. Eles são quase invisíveis eu me envolvi tanto que no final já estava ensinando os outros colega na busca. Nos pacotes que analisei marquei três e quando tive a confirmação fiquei imensamente feliz, conta Tárcio que pretende seguir carreira na área da física e astronomia.

Os estudantes acreditam que empenho e um pouquinho de sorte foram os elementos essenciais para terem encontrado os asteroides que agora terão as características e rota analisadas por astrônomos profissionais, trabalho que pode levar até cinco anos. “A quantidade de material analisada é muito grande, e eu me sinto tão feliz por contribuir para os estudos de astrônomos profissionais, que nem sempre têm tempo para analisar as imagens capturadas pelos telescópios, além de contribuir com o planeta”, destaca Emmily.

Ao encontrar um novo asteroide, a pessoa responsável pela descoberta tem a possibilidade de nomear o corpo celeste. O processo de nomeação dura meses e, até o momento, Emmily e Tárcio pretendem nomeá-los com seus sobrenomes, Mendes e Sá, em homenagem as famílias dos estudantes.

IDENTIFICAR POSSÍVEIS AMEAÇAS- Apesar do tamanho considerado pequeno em relação a outros objetos espaciais, os asteroides podem ser perigosos. E por conta disso, a iniciativa da Nasa, visa não somente popularizar a ciência e astronomia, mas também através dos esforços colaborativos de pessoas em todo mundo, identificar centenas de novos asteroides que podem, eventualmente, oferecer ameaça à Terra.

Desde o ano passado, a escola SESI Maranhão participa do Programa Caça Asteroides, incentivando os alunos na busca do conhecimento e novas tecnologias. “Nosso papel é de prepará-los para mundo do trabalho e as melhores oportunidades, e para isso sempre os incentivamos na busca por novos conhecimentos e tecnologias que se transformam rapidamente”, conclui a gerente do SESI Imperatriz, Amparo Alencar.