Governo e empresa americana visitam área em Bacabeira prevista para receber refinaria
Aquecer a indústria de petróleo local e nacional são objetivos das tratativas entre a Secretaria de Indústria, Comércio e Energia (Seinc) e a empresa norte-americana Oil Group. A proposta é construir uma refinaria no Maranhão.
Representantes da Oil Group e da Axens, empresa global da área de tecnologia, visitaram nesta terça-feira (13) a àrea prevista para implantação da refinaria, na companhia do secretário Simplício Araújo.
“Iniciamos o diálogo com a Oil Group em 2017. Em todo este percurso, buscamos trazer para o Maranhão investimentos que possam efetivamente agregar à indústria de petróleo local e nacional, além de aumentar a competitividade e o abastecimento”, pontuou o secretário.
De acordo com Simplício Araújo, o investimento previsto da Oil Group no Estado também visa diminuir os custos logísticos, potencializar a produção e fomentar a economia do Maranhão e do Brasil. “Pensar nesta proposta para o Estado é pensar no impacto que uma refinaria como essa vai trazer para a vida de milhares de maranhenses, alavancando diretamente em sua fonte de renda”, acrescentou.
Nos meses anteriores, a Oil Group realizou um estudo de viabilidade econômica e análise dos espaços para a construção da refinaria. O investimento previsto para as seis unidades planejadas em todo o País é de US$ 2 bilhões. No Maranhão, a previsão é de US$ 300 milhões, entre investimento e infraestrutura.
Com instalação próxima aos portos, as unidades maiores da refinaria poderão ter capacidade de 20 mil a 30 mil barris diários. As duas menores poderão chegar de 3 mil a 5 mil barris diários, em áreas próximas à produção terrestre de petróleo.
Participaram da visita técnica Luís Otávio Massa e Fabiano Klauber Diagoné, da Oil Group, e Laurent François Joseph Samy, da Axens.
Posição estratégica
Além do Maranhão, a Oil Group anunciou a pretensão de construir outras cinco refinarias em território brasileiro. Atualmente, a empresa atua em outras partes do Brasil, como por exemplo Sergipe.
A atração de investimentos da empresa deve-se, em parte, pela localização estratégica do Maranhão, que favorece a logística em relação aos portos situados no sul do Brasil, principal acesso para combustíveis destinados a grande parte do país.
Os portos maranhenses contam com o melhor calado do arco norte liderados pelo Porto de Itaqui e estão estrategicamente próximos ao golfo do México, grandes descobertas da Guiana e entre potenciais bacias petrolíferas da margem equatorial brasileira como Foz do Amazonas, Pará-Maranhão e Barreirinhas.