Governo do MA divulga nota de pesar pelo falecimento de Luiz Phelipe de Carvalho Castro Andrés

O Governo do Estado do Maranhão manifesta profundo pesar pelo falecimento de Luiz Phelipe de Carvalho Castro Andrés, ocorrido na madrugada desse domingo (5).

Atualmente, Luiz Phelipe Andrés era gestor geral do Estaleiro Escola, unidade vocacional do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA), voltado para a valorização e preservação das embarcações tradicionais. Unidade criada por ele, em 2006, com a finalidade de formar mestres carpinteiros, pintores e mecânicos que atuam na produção artesanal de embarcações.

Dentre tantas outras atividades, Luís Phelipe foi secretário de Estado da Cultura no período de 1993 a 1995. Além disso, era membro efetivo da Academia de Letras, Artes, Ciências e Agremiação de Saberes Culturais da Área Itaqui-Bacanga (ALEART). A partir de 2010 passou a ocupar uma cadeira de conselheiro do Conselho Consultivo do Iphan.

Luiz Phelipe Andrés deixou um vasto legado para a educação pública maranhense. Uma de suas principais contribuições para a educação e profissionalização de jovens e adultos foi o desenvolvimento do projeto de pesquisa ‘Embarcações do Maranhão’ em 1986, para a formação de aprendizes na tradição da construção naval do Maranhão.

Nesse momento de dor e pesar, a família Seduc e a família Secma se solidarizam com familiares e amigos, rogando a Deus para que os conforte, na certeza de que ele cumpriu o seu propósito e está em seu reino de glórias.

Sobre o engenheiro

Foi graduado na Escola de Engenharia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1972) e mestre em Desenvolvimento Urbano pela Universidade Federal de Pernambuco (2006). Foi conselheiro do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, diretor do Centro Vocacional Tecnológico Estaleiro Escola, professor da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas de São Luís do Maranhão e do Curso de Arquitetura da UNDB. Atuava principalmente nos temas: história, patrimônio cultural, tombamento, monumento nacional, construção naval artesanal.

No período de 1993 a 1995 foi secretário de Estado da Cultura e a partir de 2010 ocupou uma cadeira de conselheiro do Conselho Consultivo do Iphan.

Em 1977, quando chegou a São Luís, iniciou as pesquisas de campo sobre as embarcações do Maranhão.

Entre 1978 a 1979 foi coordenador da pesquisa para edição do livro “Monumentos Históricos do Maranhão”, editado em 1979 pelo Serviço de Obras Gráficas do Estado – Sioge, contendo o primeiro inventário dos principais monumentos arquitetônicos e da arte sacra de São Luís, Alcântara e Rosário.

Em 1980 foi responsável pelo Setor de Pesquisa e Documentação do Programa de Preservação e Revitalização do Centro Histórico de São Luís/Projeto Praia Grande.

Entre 1981 a 1984 foi coordenador administrativo do Projeto Praia Grande.

Em 1985 foi coordenador geral do Projeto Embarcações do Maranhão. Entre 1984 e 1988 foi coordenador geral do Programa de Preservação do Centro Histórico de São Luís.

Em 1988 a 1989 foi coordenador do “Projeto Reviver”- Programa de Revitalização do Patrimônio Histórico e Ambiental Urbano do Maranhão.

De 1995 a 1999 foi coordenador do Patrimônio Cultural da Secretaria de Estado da    Cultura do Maranhão.

De 1996 a 2003 foi coordenador da Unidade Executora Estadual-UEE do Programa BID/PRODETUR do Maranhão.

De 1996 a 1998 foi coordenador Geral do Projeto “São Luís – Patrimônio Mundial” para preparação e apresentação do Dossiê à Unesco com propósito de obtenção do título.

Em 1996 recebeu do Ministério da Cultura-Iphan, o Prêmio “Rodrigo Melo Franco de Andrade” (Edição 1996), na categoria Inventário de Acervos e Pesquisas, pelo Projeto Embarcações do Maranhão.

De 1999 a 2002 foi diretor do Patrimônio Cultural da Fundação Cultural do Estado do Maranhão. Dentre várias outras ocupações ao longo da vida, foi nomeado conselheiro do Conselho Nacional de Política Cultural – CNPC – do Ministério da Cultura. Era membro da Academia Maranhense de Letras.