Governo do Estado inicia segunda fase do Inquérito Sorológico no Maranhão

O Governo do Estado deu início nesta segunda-feira (19) à segunda fase do Inquérito Sorológico no Maranhão. Nesta etapa, que acontecerá entre os dias 19 e 30 de outubro, 5.100 pessoas em 66 municípios do estado serão testadas. Somente na Região Metropolitana, 30 setores censitários serão visitados, em São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa. 

Assim como na primeira fase, a pesquisa populacional domiciliar também está sendo feita por amostragem, a partir da coleta de sangue, e servirá para estimar as prevalências de anticorpos contra o vírus SARS-CoV-2 no Maranhão. As amostras coletadas serão enviadas ao Laboratório Central do Maranhão (LACEN-MA), onde passarão por análise. 

Segundo a coordenadora de campo do Inquérito Sorológico, Lea Marcia Melo da Costa, o resultado ajudará a definir as medidas de prevenção e assistenciais a serem oferecidas pela gestão estadual no primeiro semestre de 2021. 

“A articulação com os municípios é importantíssima, pois mesmo sendo um trabalho do Governo do Estado em parceria com a UFMA, trata-se de uma pesquisa feita por diferentes agentes, cada um com a sua responsabilidade. Com essa segunda fase, poderemos fazer nova constatação sobre o comportamento da doença dois meses após a ocorrência do primeiro inquérito”, disse a coordenadora. 

A pesquisa acontece de forma simultânea tanto na capital como nos municípios do interior do estado. Participam do inquérito, aproximadamente, 500 profissionais, todos divididos em equipes compostas por um entrevistador, um coletador e um supervisor de campo. Cada indivíduo participante será submetido a um questionário por um aplicativo desenvolvido pela UFMA e instalado nos smartphones dos entrevistadores. 

De acordo com o chefe do Setor da Biologia Molecular do Laboratório Central do Estado (LACEN/MA), Lídio Gonçalves, será levado em consideração o cenário de retomada das atividades comerciais. “No nosso primeiro resultado, onde obtemos 40% de soroprevalência, pode mostrar que boa parte da população teve algum tipo de contato com o vírus. Para esta fase, vamos fazer três extratos em destaque, um para a capital São Luís, outro para Imperatriz e um terceiro levando em consideração os demais municípios participantes”, explicou. 

Para Rosa Maria Silva e Silva, de 29 anos, a iniciativa representa segurança à população. “Infelizmente eu e a minha família fomos contaminados pela doença, mas graças a Deus todos nos recuperamos. Eu só tenho a agradecer, pois a presença dos pesquisadores nos ajuda a ter mais conhecimento sobre a doença e também ficamos mais seguros quanto ao que fazer e não fazer”, comentou. 

O sobrinho de Rosa Maria, o jovem David de Jesus Baima, de 20 anos, destacou o cuidado que as pessoas devem ter em manter as medidas de proteção. “Eu tive a Covid-19 e posso dizer que a doença não é brincadeira. As pessoas realmente devem ficar em casa e levar as medidas de distanciamento e isolamento à sério”, pontuou. 

Na primeira fase do inquérito, realizada no período de 27 de julho a 7 de agosto, os agentes de saúde do estado visitaram 69 municípios das 19 regiões de saúde do Maranhão. A avaliação do estudo demonstrou que aproximadamente 2,8 milhões de maranhenses foram infectados, o que significa uma prevalência de 40% da população com anticorpos para a Covid-19.