Governo destinou cerca de R$ 20 milhões para comercialização de agricultores na pandemia

Agricultores familiares do Maranhão, neste ano, tiveram acesso a vários benefícios de incentivo à comercialização. Marcado pela pandemia, a agricultura familiar não parou de produzir alimentos para que chegassem à mesa de milhares de maranhenses. Visando gerar renda para os trabalhadores rurais durante a pandemia, o Governo do Maranhão, por meio do Sistema da Agricultura Familiar (SAF, Agerp e Iterma) executou programas importantes de incentivo à produção e comercialização. Foram destinados cerca de R$ 20 milhões para o Programa de Compras da Agricultura Familiar (Procaf) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) – ambos de caráter emergencial -, e compra de produtos para cestas básicas.

O Procaf, por exemplo, criado pelo Governo do Maranhão, teve recursos de R$ 2,5 milhões para compra da produção dos agricultores familiares, e os alimentos adquiridos destinados às famílias que mais precisam, como pessoas atendidas pela rede socioassistencial e hospitais.

O programa foi executado no âmbito do Plano Emergencial de Empregos Celso Furtado e gerou renda para 87 associações e cooperativas da agricultura familiar e indígenas de 44 municípios, que entregaram mais de 400mil kg de frutas, hortaliças, leguminosas, verduras, produtos à base de coco babaçu, aves e peixes.

A agricultora do povoado Iguaíba, zona rural de Paço do Lumiar, Dinasandra Rocha, comercializou pela primeira vez ao Procaf. “O Procaf tem uma proposta ótima em ajudar os agricultores familiares. Tudo o que a gente planta será vendido para o programa. O melhor ainda é saber que nossos alimentos serão consumidos por pessoas que precisam”, destacou.

Os alimentos comprados pelo programa foram destinados às pessoas atendidas por hospitais e rede socioassistencial. No total, cinco hospitais receberam os produtos da agricultura familiar, como o Hospital Aldenora Bello, que trata pacientes com câncer. Também receberam os alimentos 35 Centros de Referência da Assistência Social (Cras) de todo o Maranhão, assim como Casas Familiares Rurais.

Eliane de Sousa, agricultora familiar do povoado Cinturão Verde, zona rural de São Luís, ressaltou a importância de fazer o bem. “É gratificante saber que estamos faturando uma renda extra e, acima de tudo, ajudando tanta gente, não só as famílias da nossa comunidade, como outras instituições que precisam. Estamos gratos ao governo e animados para produzir cada vez mais”, disse a agricultora.

Outro programa executado pelo Governo do Maranhão em 2020 foi o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) – adesão mista/adesão pura, com proposta total de mais de R$ 14 milhões, beneficiando mais de 3 mil agricultores e agricultoras, e com doação de alimentos para mais de 200 entidades. O PAA é um programa do Governo Federal.

Cestas básicas

Com o viés de ajudar o agricultor familiar para geração de renda e de doar alimentos para quem precisa, o Governo do Maranhão também comprou da agricultura familiar alimentos produzidos pelos homens e mulheres do campo, visando a montagem de cestas básicas durante a pandemia.

Mais de R$ 2,8 milhões foram destinados para compra de arroz, feijão, farinha de mandioca, mel, azeite e biscoitos de babaçu e mel, que se transformaram em 42.500 cestas básicas destinadas às pessoas em situação de vulnerabilidade social e insegurança alimentar no estado. As cestas são fruto da doação financeira da Open Society Foundation ao Governo do Maranhão no combate à Covid-19.

Maria do Rosário, quebradeira de coco babaçu do quilombo Bom Jesus, município de Matinha, e também presidente da Cooperativa Interestadual das Mulheres Quebradeiras de Coco Babaçu (Cimqcb) contou que a iniciativa do Governo do Maranhão em comprar os produtos da agricultura, principalmente os oriundos de babaçu, representa uma valorização ao trabalho das quebradeiras.

“Para nós que produzimos, é uma satisfação muito grande sabendo que o que vendemos irá para a mesa de pessoas carentes e nossos produtos vão alimentar estas famílias. Nós quebradeiras queremos que o Governo continue olhando para nossa atividade e valorizando os produtos da agricultura familiar, quilombolas, dos povos e comunidades tradicionais”, ressaltou Maria do Rosário.

Para o secretário de Estado da Agricultura Familiar, Júlio César Mendonça, as políticas de comercialização, como PAA e Procaf, e a distribuição de cestas básicas são extremamente importantes na potencialização da produção, principalmente no atual momento de pandemia.

“É uma garantia de que o que é produzido pelos agricultores vai gerar renda e melhorar a vida destes trabalhadores. Além de beneficiar os agricultores que recebem pelo que comercializa, ajudará pessoas em situação de vulnerabilidade social e de insegurança alimentar que foram afetados pela pandemia”, pontuou o secretário Júlio César Mendonça.