Força feminina já impacta a ciência e os negócios

Nos últimos anos foi possível observar o crescimento da representatividade feminina  em diversas áreas, incluindo o empreendedorismo, a ciência e a tecnologia. Um levantamento sobre o Empreendedorismo Feminino no Brasil em 2022, produzido pelo Sebrae, mostra que no terceiro trimestre de 2022, o número de donas de negócios alcançou 10,3 milhões no país – um recorde, considerando a série histórica iniciada em meados de 2016. Diante de todos os avanços da presença das mulheres nas mais variadas áreas do conhecimento, dados mundiais apresentados pela UNESCO apontam que 30% dos cientistas, em 2020, eram do sexo feminino. No Brasil o percentual de mulheres pesquisadoras é ainda maior e atinge os 40,3%.

No mês que celebramos o Dia Internacional da Mulher, a MKM Biotech, empresa de investimentos pioneira em venture science e biotecnologia, comemora  a data destacando as histórias de mulheres empreendedoras, que lideram empresas e pesquisas que são apoiadas por ela.  

A CEO, co-founder e cientista Vilma Martins, destaca os desafios que enfrentou como mulher durante sua jornada profissional. Ela lidera a ALJAVA Biotech, startup que pretende mitigar a baixa resposta aos tratamentos com quimioterapia, personalizando a escolha da melhor terapia. “Enquanto cientista enfrentei dificuldades em explicar a importância da ciência em alguns fóruns. Normalmente naqueles que têm um perfil com necessidade de retorno dos investimentos no curto prazo. Nas posições de gestão em que estive envolvida, o mais desafiador era manter o perfil científico associado às atividades inerentes à gestão. A ciência é uma grande porta para uma trilha que não tem volta. O conhecimento empodera e permite usá-lo para o que quisermos. Em conjunto, ciência e empreendedorismo, com a liderança feminina, podem criar uma trilha muito fértil para a sociedade”, ressalta Vilma. 

Já para Luciana Osaki, co-founder e também cientista da ALJAVA Biotech, as principais barreiras enfrentadas foram as de conciliar carreira e maternidade. “Meu maior desafio como mulher foi retomar a carreira após me tornar mãe. Quando meu filho nasceu, eu morava nos EUA, onde a licença maternidade é muito curta (quando existe). Há pouco suporte para mulheres que se tornam mães e querem manter suas carreiras. O Brasil é um pouco mais avançado nesse tema, oferecendo uma licença maternidade que permite a manutenção do aleitamento materno nos primeiros meses de vida do recém-nascido. Ainda assim, por melhor que seja o marido/pai, a carga maior quase sempre é da mulher. Quando eu estava quase desistindo da pesquisa, uma pesquisadora me ofereceu a oportunidade que precisava para retomar a minha jornada na ciência. Para as futuras gerações, deixou uma lição: Conheça os seus limites, mas não deixe que eles se tornem barreiras: trabalhe para superá-los todos os dias”, destaca a mãe e pesquisadora. 

No caso da co-founder e CEO da Amyi, primeira beautytech de perfumaria brasileira, Larissa Mota, os desafios podem ser resumidos em três etapas. “Número 1 – provar e conquistar o seu espaço (principalmente em um ambiente majoritariamente masculino) sem perder a conexão com quem você é e seus valores; 2 -acreditar em mim mesma nos momentos mais difíceis, nos meus talentos e no meu potencial, quando o resto do mundo faz questão de dizer que você não vai conseguir; 3 – encontrar equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, com saúde e plenitude, quando se é executiva/empresária, esposa, e mãe de dois meninos. Sempre admirei quem pensa fora da caixa e trabalha com ousadia; e sempre modelei os líderes que tratam as pessoas com respeito e acolhimento. Eu tento ser uma líder, que une essas duas coisas em uma”, afirma a empreendedora. 

A co-founder e CCO da Amyi, Luciana Guidi, ressalta que sempre sentia algo dentro de si que dizia poder fazer mais, melhor e ir mais longe. “Quer fazer algo revolucionário na sua vida? Escute-se diariamente. A boa ideia e a coragem não surgem juntas do dia pra noite. Desde que o primeiro “e se…” foi dito na Amyi, vivemos um turbilhão de emoções que ora nos afastava, ora nos aproximava do nosso sonho. A vida vai acontecer e você é a única pessoa capaz de saber como ela ressoa dentro de você. Cada dia tem a mesma importância para a construção de um sonho. Na Amyi não acordamos todos os dias com o mesmo nível de motivação e entusiasmo. O cansaço bate, os desafios mudam. Todo dia começamos um novo dia e é no decorrer dele que a motivação vem”, alerta Luciana. 

No caso de Paula Penna, CMO da Amyi, o maior desafio da carreira foi conciliar carreira e maternidade. “Durante quase 20 anos de carreira, passei por algumas multinacionais com diferentes culturas e nada foi mais desafiador que o momento de conciliar carreira e maternidade, quando as empresas ainda não estão preparadas para receber a sua nova versão, com novos skills e novas prioridades. Que nada acontece por acaso todos já sabemos, o caminho para alcançar o sucesso não é fácil para ninguém, é preciso muito trabalho, dedicação, resiliência, disciplina e muita coragem para seguir”, finaliza Paula.

Sobre a MKM Biotech

A MKM Biotech é uma empresa de investimentos em venture science. De pesquisas científicas a startups de biotecnologia, a MKM apoia negócios que promovam a saúde e o bem-estar. Nesse momento, a empresa, aliada à indústria farmacêutica, está selecionando iniciativas para o seus programas de aceleração e de investimento. Estão contemplados não apenas startups, mas também pesquisas de novos medicamentos, exames, vacinas, equipamentos, entre outras iniciativas, preferencialmente no estágio pré-clínico dos ensaios. A ideia é que o pesquisador ou empreendedor possa manter o foco em avançar seus testes e produtos, enquanto estruturamos os demais aspectos do negócio.
Mais informações: www.mkmbiotech.com