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FAPEMA adere à chamada Amazônia +10 com recursos de R$ 2 milhões

O Governo do Maranhão, por meio da Função de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA), vai investir R$ 2 milhões no apoio a pesquisas que contribuam para a resolução de problemas prioritários e o avanço sustentável na região amazônica. O lançamento do programa Amazônia+10 foi realizado na última semana, durante o Fórum Nacional Consecti & Confap, em Manaus, e contou com a participação do presidente da FAPEMA, André Santos, e do diretor Científico da instituição, João Bottentuit.

“Com a adesão do Maranhão ao programa, a FAPEMA se insere neste palco de pesquisas junto com outros estados. Com isso garantimos mais oportunidades para os pesquisadores do estado, o que é uma orientação do governador Carlos Brandão. A FAPESP [Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo] entra com um grande aporte de recursos e o Governo do Estado também vai investir R$ 2 milhões para interações entre pesquisadores, e também com outros estados do Brasil que têm interesse de realizar projetos de pesquisas integradas”, destacou André Santos.

A chamada Amazônia+10 receberá recursos de outros estados da Amazônia Legal, por meio das Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs), além da contribuição da FAPESP e de governos de estados do Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do País, totalizando, até o momento, a adesão de 18 FAPs. Mais de R$ 52 milhões serão investidos na chamada do Programa Amazônia+10, R$ 30 milhões são aportados pela FAPESP.

Para o presidente do Confap, Odir Dellagostin, o lançamento de um edital conjunto entre as FAPs demonstra a sinergia que existe entre as diferentes unidades da federação e a importância que tem a Amazônia no contexto nacional e mundial.

“É um momento de muita alegria para nós lançarmos um edital conjunto entre as FAPs. A iniciativa partiu dos secretários do Consecti [Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação], juntamente com a FAPESP, que trouxeram a ideia e o Confap [Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa] acolheu e se engajou na estruturação dessa iniciativa”, acrescentou.

Sobre a participação do Maranhão na chamada, Odir Dellagostin disse que a FAPEMA vem desempenhando um papel “importantíssimo no âmbito do Confap”. “A FAPEMA tem programas importantes e tem apoiado ações conjuntas. Agora, nesta iniciativa do Amazônia+10, a Fundação está aportando um valor significativo de recursos que certamente vão colocar o Maranhão neste contexto nacional em uma posição bastante expressiva”, pontuou o presidente do Confap. 

O diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da FAPESP, Carlos Américo Pacheco, enfatizou que a ação trata-se de uma estratégia para criar alternativas de emprego e renda sustentáveis compatíveis com a manutenção da floresta em pé.

“Você não vai ter resposta razoável para a Amazônia se você não der alternativas reais e sustentáveis, do ponto de vista ambiental, mas economicamente sustentáveis para essa população que vive aqui”, observou. Ele acrescentou, ainda, que a iniciativa busca soluções que apontem contribuições científicas ou de inovação para a resolução de problemas prioritários.

Segundo o presidente do Consecti, Rafael Pontes, um do maiores portfólios do Brasil para o mundo é a Amazônia. “Esse esforço coletivo busca trazer e canalizar esforços para resolver os problemas da Amazônia e, com isso, resolver problemas de muitos, transferindo tecnologia para o Brasil e para o mundo”, enfatizou.

Eixos Temáticos

O edital irá apoiar projetos, com duração de até 36 meses, nos seguintes eixos: 1) Territórios como infraestrutura e logística que facilitam o desenvolvimento sustentável em dimensão multi escalar; 2) Povos da Amazônia como protagonistas do conhecimento e da valorização da biodiversidade e adaptação às mudanças climáticas; e 3) Fortalecimento de cadeias produtivas sustentáveis pelos amazônidas. O Fórum Nacional do Consecti e Confap reuniu presidentes e representantes das 26 FAPs, Secretários Estaduais de CT&I, gestores de entidades acadêmicas, científicas e de agências federais e internacionais de fomento à Ciência, Tecnologia e Inovação.