Estudante gabarita em Matemática no Enem e conta como estudar para se sair bem na prova
A prova de Matemática do Enem costuma ser o pesadelo de muitos estudantes no final do Ensino Médio. E não é para menos. Além da grande quantidade de questões (25% do exame), muitos alunos costumam apresentar dificuldades com esse componente curricular. Gabaritar na prova de Matemática não é para qualquer um. Exige muita dedicação e, na opinião de quem conquistou este feito, também algumas estratégias. O estudante paranaense Vinicius Colini Gonçalves, de 17 anos, gabaritou a prova de Matemática da última edição do Enem e conseguiu uma vaga para cursar Medicina na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).
Mas ele conta que nem sempre foi apaixonado pela Matemática. “No Ensino Fundamental eu não conseguia aprender frações de jeito nenhum, só fui aprender no Ensino Médio. Mas eu tinha facilidade para memorizar métodos, então, à medida que fui evoluindo, comecei a gostar cada vez mais”, conta Vinícius. Mas o estudante reforça que o segredo para o bom desempenho conquistado em Matemática não está na memorização ou na famosa “decoreba”. “O meu principal método de estudo sempre foi fazer muitos exercícios, vários por dia, principalmente do material cedido pelo colégio”, garante o jovem. Aluno do Colégio Mater Dei, no município de Pato Branco, interior do Paraná, Vinícius conta que aprende melhor praticando – e que a memorização que a prática propicia garante o entendimento de como tudo funciona. explicações matemática
O assessor de Matemática do Sistema Positivo de Ensino, Willian Henrique de Brito, confirma que, ao resolver diferentes questões, o estudante tem a oportunidade de observar como aquele conceito ou procedimento, estudado nas aulas de Matemática, pode ser efetivamente aplicado em diferentes situações. “Outro ponto a se considerar é que os itens do Enem possuem características muito marcantes e que vão além dos conteúdos. Assim, esse contato contínuo com os exercícios propostos pelo Enem ajuda a reconhecer tais características e a estabelecer estratégias mais assertivas de resolução das questões”, acrescenta o especialista.
Além da prática, determinação para enfrentar a pandemia
Alcançar a nota máxima em uma prova do Enem é uma conquista e tanto e, com todas as dificuldades que os estudantes enfrentaram ao longo de 2020 por conta da pandemia e suspensão das aulas presenciais, esse feito se tornou um desafio ainda maior. “Foi um ano difícil, ficar em casa e estudar apenas por meio do ensino remoto atrapalhou os planos de todos os estudantes, mas eu sabia que isso poderia me beneficiar, então procurei manter o foco. Eu sabia que para conseguir uma vaga de Medicina seria necessário um desempenho impecável; então eu me dediquei ainda mais na reta final para garantir um bom desempenho. Sou uma pessoa competitiva, uma prova como o Enem era como um desafio para mim. Quando coloquei na cabeça que eu queria ir bem na prova, não tinha o que tirasse meu foco”, reforça o estudante.
Brito destaca que é importante saber escolher quais exercícios resolver, para aproveitar bem o tempo de estudo. “O ideal é escolher exercícios cuja estrutura seja semelhante àquela encontrada na prova de Matemática do Enem e, portanto, resolver as provas anteriores é realmente uma boa dica”, afirma o especialista. O estudante Vinícius confirma o que diz o educador. “Para me preparar para o Enem, eu fazia exercícios das edições anteriores. O Enem é uma prova que costuma ser parecida em suas edições, então quando você faz exercícios de exames anteriores, consegue aprender a interpretar as questões – muitas vezes sem nem mesmo ler o enunciado, poupando muito tempo durante a prova”, acrescenta.
De acordo com o educador, a prática de resolução de exercícios dá ao estudante uma outra vantagem: “ao resolver as questões, é possível identificar com maior clareza onde estão os pontos frágeis que precisam ser desenvolvidos. Por exemplo, um estudante pode errar uma questão de Estatística porque não compreendeu o conceito de Média Aritmética. Mas também poderia ter errado se, mesmo compreendendo o conceito, não tivesse a habilidade necessária para manipular a expressão algébrica que modelava a situação proposta. Ou seja, ao analisar o erro, é possível identificar exatamente qual é a dificuldade encontrada e, então, buscar formas de superá-la”, explica.
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