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Escolas da Regional de Educação de Santa Inês realizam projeto de fomento à literatura

Com o tema “Balaio literário: a literatura contemporânea no chão da escola”, centros de ensino pertencentes à Rede Pública Estadual da Unidade Regional de Educação de Santa Inês realizam projeto para incentivar a leitura, interpretação de obras e eventos literários com a comunidade escolar. Nesta segunda-feira (24), o Balaio Literário esteve no Centro de Ensino Josué Diniz Alves, em Santa Inês, com a participação de cordelistas maranhenses. 

“O projeto Balaio Literário é desenvolvido desde o mês de fevereiro e leva a literatura contemporânea para o chão das casas do saber. Escolhemos os livros dos autores para serem lidos, interpretados, questionados pelos estudantes e levamos para discussão com a comunidade escolar, ao passo que entramos em contato com os autores. Agendamos a visita para que os mesmos respondam perguntas sobre seus processos criativos. Ao final de dezesseis horas de estudo dos livros, promovemos o dia do encontro dos escritores e escola para louvarmos a produção simbólica contemporânea”, explica o gestor da Unidade Regional de Educação de Santa Inês, Paulo Rodrigues.

No CE Josué Diniz Alves, participaram os cordelistas: Moisés Nobre e Luís Henrique, entre outros. Na oportunidade, os estudantes puderam conversar com os autores e discutir temáticas abordadas em suas obras. 

“O ensino da literatura não pode apenas completar a carga horária do professor da área de linguagens. Não deve ser apenas um pretexto para introduzir questões gramaticais. A poesia, o conto e o romance ajudam a formar o cidadão, portanto, é necessário esse trabalho com a produção da atualidade como o faz o gestor regional, Paulo Rodrigues”, explicou a escritora Luiza Cantanhêde.   

“A relação com a leitura literária foi ampliada a partir do Balaio. Nós criamos a consciência que é preciso usar os textos escritos do nosso momento histórico. Eles falam a língua dos nossos dias. A escola ganhou um foco de luz ao estudar a poesia da atualidade”, comentou a professora de Língua Portuguesa do CE Josué Diniz Alves, Ana Paula Siqueira dos Santos.
Diversidades educacionais 

O projeto que já está na oitava edição, também passou pela Aldeia Januária, na Terra Indígena Rio Pindaré. A sétima edição aconteceu no Centro de Educação Escolar Indígena Januária, com a participação da comunidade indígena, em um evento bilíngue, com enfoque nos cantos, artesanato e a poesia. 

“Incentivar a leitura é necessário. O Balaio Literário é um espaço para mostrarmos a produção dos estudantes da Aldeia Januária. Genilson Guajajara recontou a sabedoria da ancestralidade do nosso povo através de narrativas e poemas. Os poetas deixaram belas imagens e ensinamentos”, ressaltou Flauberth Guajajara, presidente da Associação de Pais e Mestres Indígenas Guajajara.

O próximo evento está agendando para o dia 18 de novembro, com a realização do “Literafro”, que integra o projeto Balaio Literário, com foco em escritoras e escritores negros para discussão da história e a cultura afro-brasileira, nas escolas da rede estadual de ensino. A ação ocorrerá na Praça das Laranjeiras, em Santa Inês e reunirá todas as escolas estaduais localizadas no município.