Escoamento da produção e rotas turísticas são beneficiados com empreendimentos no Nordeste

Reconhecido pela beleza dos destinos turísticos e grande produção agroindustrial, o Nordeste brasileiro recebeu do Governo Federal, por meio do Ministério da Infraestrutura, R$ 4,1 bilhões de investimentos para modernizar seus principais modais de transporte. Esses aportes propiciaram melhorias em rodovias, aeroportos, portos e ferrovias, aumentando a conectividade da região com todo o país.

Uma das entregas de destaque no território nordestino em 2022 foi a duplicação da Reta Tabajara, na BR-304/RN, atendendo às necessidades de aprimoramento, adequação e ampliação da capacidade de tráfego na estrada federal. Ali, os níveis de segurança foram aumentados, especialmente nas travessias urbanas, acessos e interseções, o que garante melhor fluxo de veículos e reduz os riscos de acidentes durante a passagem de veículos e de pedestres.

Igualmente relevante foi a construção de vias laterais da Travessia Urbana de Imperatriz, no Maranhão, entre o acesso ao Conjunto Itamar Guará e a ponte sobre o Rio Cacau. A intervenção proporcionou fluidez ao tráfego e segurança para os cidadãos que se deslocam às margens e ao longo da rodovia, no perímetro urbano do município maranhense.

A duplicação e o encabeçamento da ponte sobre o Rio São Francisco, na BR-101/SE, foi outra obra importante realizada pela atual gestão federal. Executada em corredor logístico fundamental ao turismo entre Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Bahia, a ampliação da rodovia buscou reduzir o tempo de viagem e o número de acidentes, além de facilitar o escoamento da produção agrícola de toda a região.


No ano passado, a conclusão da pavimentação de 77,6 quilômetros da BR-235/BA contribuiu para o turismo histórico e ecológico, já que a rodovia transversal atravessa os estados do Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Pernambuco, Sergipe e Bahia. A entrega da revitalização de 150 quilômetros na BR-343/PI, entre o povoado de Estaca Zero e o município de Floriano, fomenta também o desenvolvimento turístico regional porque a rodovia faz a ligação de Teresina à zona de Cerrado do sul do estado, onde se concentra o agronegócio piauiense — atividade econômica que vem crescendo constantemente e impulsionando a economia com a produção de grãos, especialmente a soja.

A duplicação de trecho da BR-116/BA, em de Feira de Santana, trouxe mais benefícios como o escoamento de diversos insumos para o nordeste brasileiro e a redução do tempo de viagens. A obra também impede o congestionamento de veículos na região da zona urbana de Feira de Santana, dando vazão ao tráfego intenso.


Em 2020, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) entregou 88,6 quilômetros de pista recuperada na BR-349, no estado da Bahia, que proporcionaram melhores condições de trafegabilidade na região. Ainda no início da gestão, em 2019, uma das principais obras no Nordeste foi o alargamento da BR-135/PI, no trecho de 140 quilômetros entre Eliseu Martins e Bom Jesus, que proporcionou mais conforto e segurança aos usuários da rodovia. A obra beneficia municípios produtores de soja, além de contribuir para a redução do número de acidentes.

Já a ponte sobre o Rio Parnaíba, na BR-253/PI, em Santa Filomena, possibilitou a integração do Matopiba — região formada por áreas dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia — à Ferrovia Norte-Sul (FNS), projetada para ser a espinha dorsal do sistema ferroviário nacional, interligando as principais malhas ferroviárias das cinco regiões do Brasil. Como retorno, ela vai permitir uma economia de 8% no valor do frete para o transporte de grãos até o Porto do Itaqui, no Maranhão.


Desenvolvimento sobre trilhos

No Nordeste do Brasil, o desenvolvimento também avança sobre trilhos. Em abril de 2021, o primeiro trecho da Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol) foi licitado com 76% das obras concluídas pela empresa Valec. A Bahia Mineração S.A. (Bamin) assumiu a gestão do segmento, entre Ilhéus (BA) e Caetité (BA), e deve investir R$ 3,3 bilhões nos 537,2 quilômetros de extensão da ferrovia ao longo de 35 anos de contrato. A expectativa é que a Fiol 1 comece a operar em 2025, transportando mais de 18 milhões de toneladas de carga — volume que deve subir para 50 milhões de toneladas até 2035.


Neste ano, avançam as obras da Fiol II, entre Caetité e Barreiras (BA). Os segmentos que mais avançaram são os chamados lotes 5 e 7, com trabalho adiantado especialmente na região de Barreiras. Hoje, as obras da Fiol II geram mil empregos diretos e 2 mil indiretos. Trecho de 18 quilômetros do lote 6 tem andamento graças a uma parceria firmada com o Exército Brasileiro- os integrantes do Batalhão Ferroviário passam por processo de transferência de conhecimento junto à Valec para contribuírem com a expansão da ferrovia após a corporação ficar 20 anos afastada desse tipo de serviço.

Criado em 2021, o novo modelo de autorizações ferroviárias — pelo qual entes privados podem projetar, construir e operar estradas de ferro no país — também beneficiou a região. Oito empreendimentos que cruzam estados nordestinos já foram autorizados pelo Governo Federal. Juntos, eles têm potencial de agregar 3,8 mil quilômetros de novos trilhos à malha ferroviária do país e movimentar R$ 43,07 bilhões em investimentos.


Instalações portuárias

A execução de serviços de dragagem, manutenção e supervisão realizados no Porto Organizado de Recife (PE) garantiu profundidade suficiente para facilitar a navegação e a chegada de navios de maior calado ao local. Entregues em 2022, as intervenções foram possíveis com aporte de recursos dos governos Federal e estadual.

Ainda no setor portuário, a entrega do terminal de passageiros do Porto de Maceió (AL) impulsionou o turismo de cruzeiros marítimos na capital alagoana. O empreendimento agora conta com mezanino, elevador, espaço de atendimento médico, sistema de climatização, banheiros, sala de apoio, sala de administração, cozinha e área no pavimento térreo para a recepção de turistas.

As melhorias em oito instalações portuárias de suporte hidroviário — de Canárias e de Barreiras, em Araioses (MA); de Caburé, em Barreirinhas (MA); de São José dos Leites/Lago de Areia, em Palmeirândia (MA); de Cateauá, em Porto Rico do Maranhão (MA); e de Uruçuí (PI), Cururupu (MA) e Guimarães (MA) — são importantes principalmente para a população local, que utiliza a via fluvial para o acesso a bens e serviços essenciais. Ao garantirem a segurança nas operações de embarque e desembarque, as obras realizadas nas instalações portuárias proporcionam também mais dignidade nas atividades rotineiras das comunidades ribeirinhas.

Aviação turbinada

O novo aeroporto de Vitória da Conquista foi inaugurado pelo Governo Federal, em 2019, como parte de um investimento essencial à conectividade do estado da Bahia. A estrutura do aeródromo inclui pátio para aeronaves, taxiway, rampa de equipamentos, subestação de energia, balizamento noturno, acessos viários internos e seção contra incêndio. A área total do terminal de passageiros é de 3,5 mil metros quadrados.


Ao mesmo tempo, o investimento de R$100 milhões deixou o Aeroporto Internacional de Fortaleza Pinto Martins apto a receber voos intercontinentais. Com as obras, o terminal poderá receber voos diretos de outros continentes de forma eficiente e com total segurança. Os aviões terão condições de decolar com mais peso, seja por transportarem carga maior ou estarem abastecidos com mais combustível, o que amplia a autonomia dos voos- fatores que estimulam o desenvolvimento econômico, a partir do turismo doméstico e internacional, e ainda pelo incremento na logística nacional de transportes.


Leiloados em abril de 2021 durante a Infra Week, junto com aeroportos do Centro-Oeste, os terminais aéreos de São Luís (MA), Imperatriz (MA), Teresina (PI) e Petrolina (PE) terão suas infraestruturas e capacidades operacionais transformadas ao receberem, ao longo das próximas três décadas, investimentos que somam R$ 1,8 bilhão. O Grupo CCR, que arrematou esse lote, assumiu a gestão desses terminais aéreos no início de 2022, iniciando os investimentos que vão resultar na modernização das estruturas.

Durante o último ano da gestão, a implantação de sistema de luzes de aproximação simples e sistema de luzes de obstáculo autônomos, solares e a LED no Aeroporto Governador Carlos Wilson melhorou a navegação aérea, dando auxílio em situações emergenciais e um incremento no transporte aéreo para o arquipélago de Fernando de Noronha.